Foram hoje eleitos em assembleia geral, por unanimidade, os novos órgãos sociais da TACV. Sara Pires (Foto) é a nova PCA, Alberto Pereira e Carlos Salgueira os novos administradores executivos.
José Aldino Ribeiro e Neusa Évora são os administradores não executivos, segundo avançou aos jornalistas o acionista Victor Fidalgo.
“A proposta tinha sido objecto de várias sessões negociais entre o Estado e alguns accionistas privados, e hoje mesmo durante a Assembleia tivemos que fazer uma pausa para acertar os últimos pontos, mas por fim acabamos por chegar a um consenso e todos subscrevemos a proposta apresentada. Podemos dizer que esses três órgãos foram eleitos por unanimidade”, referiu.
Conforme disse, o objectivo é refundar a empresa, porque em 2016 havia grandes expectativas em relação a TACV, que não se materializaram e o governo teve que retomar as acções que tinha vendido à Loftlaider.
“Agora, acabamos de eleger hoje particularmente o CA, esperamos que num prazo máximo de 120 dias possa solicitar os accionistas numa nova Assembleia Extraordinária, afim de apresentar o seu plano para a refundação dos TACV e onde vai definir os principais desafios “disse.
Além de refundar a empresa, pretende-se que entre no mercado dos emigrantes e turismo em outros moldes.
“Não nos moldes em que os islandeses montaram que sabemos quais são os prejuízos. De momento é ocupar, particularmente, um nicho de ponto-a-ponto que inclui, em princípio o mercado étnico e o mercado turístico”, analisou.
Além do Estado que detém 90% da TACV, estiveram presentes na assembleia geral os accionistas provados.
No mês de Julho, a TACV voltou ao controlo do Estado por decisão do governo, após a venda de 51% a investidores islandeses, alegando incumprimentos de acordo por parte destes.
Entretanto, a Loftleidir Cabo Verde contestou a decisão do governo, garantindo que cumpriu todas as suas obrigações desde o momento da aquisição das acções em 2019 e disse estar a analisar a questão e a preparar a respetiva reação.
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