Armindo Sousa é o novo presidente do Conselho de Administração da TACV, aprovado ontem, 21, pela Assembleia Geral da empresa – mantendo a administradora Nádia Teixeira no cargo – que também concordou o nome de Mário Tavares para administrador e o aumento de 300 para 450 contos o salário mensal para os novos gestores. Sousa e Tavares, refira-se, integraram a direcção da TACV durante a gestão da Icelandair, quando o actual, ministro dos Transportes, que os indicou, era PCA da companhia.
A Assembleia Geral da TACV aprovou ontem o novo Conselho de Administração da transportadora aérea de bandeira nacional. Armindo Sousa é novo PCA e Mário Tavares aceite pelos accionistas para administrador, em substituição de Pedro Barros e Hélder Cruz, mas permanecendo no cargo Nádia Teixeira como administradora.
Detalhe: Armindo Sousa foi administrador financeiro da TACV durante a gestão da dos islandeses da Icelandair, tendo como seu superior o actual ministro dos Transportes, José Luís Sá Nogueira, que exerceu as funções de presidente do Conselho de Administração.
A propósito, o governante, que demitiu os agora ex-gestores Pedro Barros e Helder Cruz após um ano em funções, foi buscar outro elemento da equipa que com ele trabalhou no período comandado pelos islandeses – Mário Tavares, que nessa época era Diretor de Qualidade na TACV, assume agora o cargo de administrador para o sector Operacional.
Armindo Sousa (no canto à esquerda) e José Luis Sá Nogueira (à dir), actual ministro, testemunhando, enquanto administradores a assinatiura do contrato entre o Governo e a Loftleidr Icelandic
A AG da companhia estatal também aprovou ontem um aumento da remuneração do novo Conselho de Administração – de resto, confirmado pelo maior accionista privado, Vitor Fidalgo, em declarações à RCV – que passa de 300 para 450 contos de salário mensal, segundo soube Santiago Magazine junto de outro accionista.
A saída de Pedro Barros e Helder Cruz (entraram em Julho de 2024), numa altura em que pareciam entrar na engrenagem com a vinda de dois novos ATRs e mais dois a chegar em breve, além da retoma do certificado EASA para voos à Europa e negociações para a retoma de voos regulares aos EUA, foi justificada pelo governo com necessidade de reforçar a “governança da empresa”. E isso depois de um vai-vem de comunicados do próprio Executivo, um anunciar a mudança na administração e outro e a negar a mesma mudança que ora se efectiva.
“A decisão de proceder a mudanças no Conselho de Administração da TACV já havia sido tomada há algum tempo, tendo em conta a necessidade de reforçar a governança da empresa e a sua eficácia operacional e estratégica”, explicou o Executivo, em comunicado.
A reprivatização da TACV voltou a entrar na agenda, mas, segundo disse Vitor Fidalgo, ainda não há uma data para a sua nova alienação.
De recordar que a privatizaçáo da compoanhia aérea nacional foi entregue à Lofleidr Icelandic, dona da Icelandair, que prometera, juntamente com o Governo, trazer 5 Boeings de pronto e em um ano completar a frota da TACV com 11 novas areronaves. No final, trouxeram apenas três, sendo que, por divergências entre as partes, os islandeses levaram dois, sem regresso, e o terceiro estava prestes a levantar voo a partir do Sal, também para não voltar, quando o Governo impediu a viagem. Ali, o Governo e parceiro estratégico puseram fim ao problemático contrato de gestão.
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