Problemas técnicos na produção provocam cortes de eletricidade na Praia
Economia

Problemas técnicos na produção provocam cortes de eletricidade na Praia

Problemas técnicos no sistema de produção na central têm estado a provocar cortes de eletricidade na cidade da Praia pelo menos desde domingo, informou a empresa produtora e distribuidora cabo-verdiana, garantindo que o problema está a ser resolvido.

“Na sequência dos dois cortes gerais de eletricidade verificados ontem [domingo] na ilha de Santiago, devido a problemas técnicos no sistema de produção na Central do Palmarejo, alguns cortes pontuais e parciais estão a decorrer no dia de hoje [segunda-feira] em consequência e ainda devido alguns testes que estão a ser realizados”, informou a Electra, em comunicado.

Algumas interrupções de eletricidade estão a verificar-se ainda hoje na capital de Cabo Verde.

A empresa garantiu que as equipas estão a “trabalhar arduamente” para a resolução definitiva do problema, de forma que o serviço possa ser reposto na totalidade e com segurança.

Num comunicado anterior, a Electra tinha informado que problemas técnicos no sistema de produção de eletricidade na Central do Palmarejo estavam na origem de dois cortes gerais de energia verificados no domingo.

“Lamentamos o ocorrido e informamos que estamos a fazer todos os possíveis para a retoma do funcionamento normal do serviço. Aos estimados clientes e público em geral, pedimos as desculpas e compreensão”, pediu.

A empresa está a ser alvo de muitas críticas por causa dos mais recentes ‘apagões’ na cidade da Praia, em alguma zonas com duração de cerca de oito horas, e com alguns clientes a pedir mesmo indemnização pelos prejuízos causados.

De acordo com a informação divulgada em fevereiro pelo grupo estatal, mais de um quarto (25,5%) da eletricidade produzida em Cabo Verde em 2021 foi dada como perdida, não sendo faturada, causando prejuízos económicos de mais 2,8 mil milhões de escudos anuais (25 milhões de euros).

Em 2020, a empresa deu como perdida 26,1% da produção total de eletricidade (componente que o Governo já anunciou que será privatizada) e em 2019 essa perda foi de 24,8% do total.

Na mesma altura, o conselho de administração do grupo Electra avisou que o “elevado número” de clientes com faturas de energia elétrica em atraso ameaça a sustentabilidade de todo o setor energético no arquipélago.

Também apontou que as dívidas de clientes registam “um valor muito elevado, causando enormes problemas na tesouraria”, prometendo “ações urgentes para a sua regularização”.

Em março, a Electra e a Inspeção Geral das Atividades Económicas (IGAE) assinaram um protocolo para combater o roubo de energia elétrica e diminuir as perdas.

Em outubro, a empresa anunciou que já tinha instalado em grandes consumidores da região Sul do país cerca de 2.000 contadores inteligentes para combater as perdas e roubos de energia, permitindo aos consumidores/clientes acompanhar diariamente o seu consumo.

O projeto foi financiado pelo Banco Mundial, em 300 mil euros, mas o objetivo da Electra é a sua massificação nas casas das pessoas, nas empresas e nos serviços, podendo também chegar à iluminação pública.

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