O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, assumiu hoje que o País não tem condições para proceder a actualização salarial dos trabalhadores, resultado do “forte impacto” que a pandemia teve na economia nacional.
Segundo apontou, o Estado de Cabo Verde não tem condições de fazer uma actulização salarial neste momento, explicando que essa actualização pressupõe aumento da despesa pública e aumento das despesas por parte das empresas.
“E isso iria criar sérios problemas na situação que temos hoje de pandemia e de crise, e iria também criar problemas às finanças públicas, às empresas e aos cidadãos”, avançou.
Ulisses Correia e Silva fez esta afirmação aquando instado sobre o aumento do preço da energia em Cabo Verde, mas que a actualização salarial não foi feita, esclareceu que para financiar este aumento o Governo teria que aumentar os impostos sobre o rendimento, sobre os lucros, mais o IVA, para poder financiar o aumento de despesas resultantes desta actualização salarial.
“As pessoas têm que compreender que o contexto não permite fazer esta actulização, os sindicatos, não todos, pelo menos uma central sindical, não aderiu ao acordo de concertação social, mas há que haver razoabilidade para compreender que temos várias coisas a proteger ao mesmo tempo”, assinalou.
Por outro lado, frisou, quando houver recuperação de crescimento, quando voltar a ter mais rendimento, mais produção de receitas, aí sim, considerou, pode-se colocar sobre a mesa a questão da actualização salarial.
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