O primeiro-ministro considerou hoje, no Mindelo, que é ambição do seu Governo tornar Cabo Verde um país “útil à comunidade internacional”, mas com atitude “cosmopolita, participava e empreendedora”.
Ulisses Correia e Silva, que falava no encerramento da 1ª edição da Cabo Verde “Ocean Week” (Semana dos Oceanos), sublinhou que a ideia passa também pelo desejo de o país integrar de forma “mais forte” as redes regionais internacionais de conhecimento e de investigação, particularmente, anotou, na economia azul e na economia verde.
Sobre a realização da 1ª edição da Semana dos Oceanos, que classificou de um “grande evento internacional”, o chefe do Governo considerou que se tratou de uma semana “repleta de eventos” dedicados ao mar, de momentos de partilha de experiências e conhecimentos e uma “oportunidade valiosa” para apresentar Cabo Verde como “palco privilegiado” da Economia Azul.
O primeiro-ministro referiu-se ainda à assinatura, com a União Europeia, de um “importante acordo” de cooperação em matéria de investigação e inovação e “a honra” de ter na Semana dos Oceanos o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.
“Foi uma visita e participação marcantes para o aprofundamento das relações de parceria estratégica entre Cabo Verde e a União Europeia”, concretizou, não fosse a integração em redes de conhecimento, de inovação e de investigação um dos propósitos, como assinalou, da integração do arquipélago no Sistema Económico Mundial.
Tudo, ajuntou, na perspectiva de partilha e internacionalização do conhecimento que a ciência e a tecnologia proporcionam para aplicação na “criação de valor” com benefício das pessoas.
A dado passo da sua comunicação, e antes de anunciar que o “Ocean Week” veio para ficar, Ulisses Correia e Silva voltou-se para a ilha São Vicente, “sede da economia marítima e ilha “com tradição marítima”, vocação que está a levar ao desenvolvimento de políticas integradas para dotar a ilha de um campus do mar, parque tecnológico, Zona Especial de Economia Marítima e terminal de cruzeiros.
Na sessão interveio ainda o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, que disse levar de Cabo Verde histórias para contar na Europa de mulheres empreendedoras, que viviam noutros países, que voltaram à terra para “dar mais força às mulheres”, para construir negócios e “fazer diferença”, e de uma juventude que “não pára”, que tem uma “alegria que às vezes não vê na Europa”, a alegria para um futuro melhor.
“Um país à beira-mar nunca é um país pequeno, e Cabo Verde não é um país pequeno”, lançou Moedas, num breve discurso de improviso, sublinhando que, nos últimos quatro anos esta viagem a arquipélago foi “das mais enriquecedoras que fez” e deixou um pensamento para reflexão, relativa à sustentabilidade do planeta:
“Sem água não há vida, sem azul não há verde”, lançou, daí pedir que Cabo Verde continue a sua luta, a liderar uma maneira diferente e que “inspira a própria Europa”.
Durante cinco dias, mais de 50 oradores de 14 países participaram em sete painéis que enformaram a Cabo Verde “Ocean Week”, evento que decorreu sob o lema “Nosso oceano, fonte de riqueza e bem-estar”.
O certame consagrou ainda espaço para uma “vasta programação” a nível desportivo, com o objectivo de “colocar à prova”, o programa para os Jogos Africanos de Praia, que se realizam na ilha do Sal, no próximo ano.
Em paralelo, decorreu, igualmente, uma agenda cultural que abarcou música, exposições de arte e teatro, por toda a cidade, actividades organizadas em parceria com a União Europeia.
O “Cabo Verde Ocean Week” é o primeiro evento desta envergadura que o país acolhe, sendo objectivo principal “elevar a consciencialização” e fomentar o diálogo sobre a “essência, oportunidade e sustentabilidade” dos oceanos.
Com Inforpress
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