Ministro das Comunidades diz que Governo vai rever preços dos fretes de transporte marítimo de viaturas
Economia

Ministro das Comunidades diz que Governo vai rever preços dos fretes de transporte marítimo de viaturas

O ministro das Comunidades, Jorge Santos, disse hoje que houve um erro de cálculo do quadro tarifário de transporte marítimo de carga e assegurou que o Governo vai rever os preços dos bilhetes.

O governante, que falava à Rádio de Cabo Verde (RCV), a partir de Paris, França, onde participa na primeira edição do Salão Internacional das Empresas da Diáspora, que acontece hoje e segunda-feira, 24, sob o lema “Ka nu skeci nós origem” (Não esqueçamos a nossa origem, em português), reconheceu que houve um “exagero” na atualização do tarifário de transporte marítimo de passageiros e de carga.

Na última quarta-feira, 19, o Governo atualizou o quadro tarifário de transporte marítimo de passageiros e de carga, com um aumento de 20 % para passageiros nacionais e 80 % para os cidadãos não residentes que entra em vigor esta quinta-feira.

Na linha Santo Antão/São Vicente, no caso de transporte de viaturas, passou de 5.400 escudos para 15.250 escudos, medida essa que deixou os proprietários de viaturas de transportes de cargas descontentes.

Segundo avançou o ministro, o aumento no valor a ser pago pelas viaturas não deve ser superior a 15 %.

“Esse aumento exagerado, quase três vezes mais, já foi corrigido também, foi um erro de cálculo, neste momento estão a fazer as correções no tarifário porque houve algumas imprecisões no tarifário, há algumas correções a serem feitas e também a clarificação em termos de regulamentação das tarifas”, esclareceu o governante

Por outro lado, disse ainda que o aumento de preços dos bilhetes para viagens marítimas para não nacionais não se aplica aos emigrantes cabo-verdianos, que constitucionalmente são cabo-verdianos independentemente ou não de terem a documentação cabo-verdiana.

“Nós não podemos diferenciar o preço dentro da diáspora porque a diáspora é Cabo Verde e nacional, por isso que a designação de nacional e não nacional criou a dúvida se a diáspora cabo-verdiana não tendo nacionalidade cabo-verdiana porque uma boa parte não tem, e muitos por limitações legais de alguns países”, acrescentou.

A nível de passageiros, as passagens ficaram 20 % mais caras para os residentes e 80% para os não residentes.

O Governo justificou a medida com a conjuntura actual, que demanda uma ponderação ao nível das tarifas aplicadas e que a metodologia utilizada para o cálculo da nova tarifa de passageiros e carga permitiu estabelecer um valor-base para optimizar os resultados dos operadores e, ao mesmo tempo, promover a melhoria do serviço prestado aos utentes.

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