Vai fazer um ano que a TACV deixou de operar nas ilhas, cedendo o mercado à Binter. A empresa de capital canariense assinala a data com uma conferência este sábado com presença do PCA da Binter e do ministro da Economia. Mas o Estado ainda não entrou no capital da empresa.
Lembra-se? Foi a 12 de Novembro do ano passado que a Binter CV deu início ao primeiro voo de ligação entre as ilhas cabo-verdianas em exclusividade, marcando também a saída oficial da TACV, operadora de bandeira nacional, do inter-ilhas para ficar apenas com o Internacional.
A Binter CV inaugurou essa ligação aérea doméstica voando entre Santiago, Sal e São Vicente. Em março de 2017, a empresa abriu uma linha para a Boa Vista, em Junho começou a voar para São Nicolau e desde de Agosto a Binter vai a todas as ilhas.
Para assinalar o primeiro aniversário do primeiro voo, a companhia promove uma conferência de imprensa que contará com a presença do presidente da Binter, Pedro Augustín del Castillo Machado, do Ministro de Economia e Emprego, José Gonçalves, assim como de demais responsáveis da companhia e da aviação em Cabo
Verde.
Esta semana o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reconheceu que a entrada do Estado no capital social da Binter Cabo Verde (49%) ainda não foi concretizada, seis meses após o anúncio do negócio.
O anúncio da entrada do Estado no capital da empresa foi feito em Maio. Na altura Ulisses Correia e Silva adiantara que o investimento do Estado seria de 19% do capital da empresa, ou seja cerca de 126 mil contos.
O acordo prevê a cedência comercial das rotas, avaliada em 30%, tendo Ulisses Correia e Silva reafirmado que isso “não depende de nenhum esforço financeiro por parte do Estado”. “Ainda não, estamos num processo de consolidação desse dossiê, que será concluído brevemente”, disse o chefe do Governo.
O Estado cabo-verdiano irá desembolsar 126.238 milhões de escudos (1,114 milhões de euros) para adquirir os 19% da participação pública no capital social da companhia aérea.
O primeiro-ministro destacou ainda o “bom funcionamento” da Binter, afirmando que a companhia está a garantir as ligações inter-ilhas. “Acho também que devemos focar nos resultados e não em questões que estão devidamente explicadas e fazer com que o astral dos cabo-verdianos aumente em vez de estarmos sempre mergulhados em pequenos problemas”.
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