O Banco Mundial (BM) aprovou segunda-feira, 06, um financiamento de 30 milhões de dólares para apoiar os esforços de Cabo Verde no fortalecimento de políticas para recuperação “sustentável, justa e ecológica”, no seguimento da crise de covid-19.
A informação foi avançada hoje em nota de imprensa enviada à Inforpress pela representação Banco Mundial em Cabo Verde, que cita o director nacional da organização para Cabo Verde, Nathan Belete.
O responsável explicou que numa altura em que Cabo Verde recupera da “maior contração económica da história” e busca aproveitar o momento para embarcar numa “agenda de reformas ambiciosas”, esta operação vem apoiar ações de políticas públicas do Governo.
A ideia é criar as condições para lançar as bases para uma recuperação económica que passe por reduzir riscos fiscais e melhorar a transparência das dívidas, lê-se no documento, fortalecer a resiliência dos agregados familiares mais pobres e vulneráveis, em particular para as mulheres, e promover uma retoma sustentável da parte do setor privado.
“Esta operação, a primeira numa série de duas, está estreitamente alinhada com as prioridades do Governo, delineadas na sua estratégia de recuperação, Cabo Verde Ambição 2030”, refere o documento.
O BM apoia o programa de reformas para reduzir riscos fiscais e melhorar a transparência de dívidas, através do fortalecimento da gestão de riscos fiscais, e melhorar a qualidade, frequência e cobertura dos relatórios de dívida pública, incluindo das empresas estatais.
“Ergue-se, também, sobre o programa de resposta à covid-19, o fortalecimento do sistema de proteção social, com vista a permitir uma resposta mais rápida e bem delineada a choques externos. Por fim, a operação promove investimentos privados com responsabilidade social e ambiental no turismo e na aquacultura”, lê-se na nota.
A instituição espera que o programa de reformas apoiado pela operação tenha efeitos positivos sobre a pobreza, no impacto social e ambiental e no aumento da resiliência da economia face a choques externos.
Cabo Verde viveu em 2020 a maior recessão económica na história do País e em 2021 começou a ter sinais de recuperação, que está de novo ameaçada com o surgimento de novas variantes da covid-19.
O Governo está, entretanto, “optimista” quanto à retoma económica.
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