Cabo-verdiano agredido até à morte nos Açores. PJ portuguesa investiga o caso
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Cabo-verdiano agredido até à morte nos Açores. PJ portuguesa investiga o caso

Um cidadão cabo-verdiano morreu esta segunda-feira, 18, depois de sofrer uma violenta agressão na porta de uma discoteca na cidade da Horta, nos Açores, no fim de semana. Ademir Araújo Moreno, 50 anos, foi colocado em coma induzido, mas não conseguiu resistir à brutalidade do ataque. Está marcada para hoje uma vigília e manifestação antirracista em frente ao edifício da Câmara Municipal da Horta.

A Política Judiciária portuguesa está a investigar uma agressão que ocorreu na madrugada de domingo, junto a uma discoteca, na cidade da Horta, nos Açores, a um cidadão cabo-verdiano.

Ademir Araújo Moreno, com cerca de 50 anos de idade, trabalhava no ramo da construção civil. Foi brutalmente agredido no exterior de uma discoteca em circunstâncias ainda por apurar. Sabe-se apenas que após ser atacado, caiu inanimado no chão, sem que o agressor lhe tenha prestado qualquer auxílio, relata a agência Lusa.

As autoridades policiais da ilha do Faial tomaram logo conta da ocorrência, identificaram as pessoas envolvidas e encaminharam o processo para o Ministério Público, que já requereu a participação da Polícia Judiciária, mas até este momento ainda não deteve o suspeito, indicou fonte da PSP à Lusa.

Após a agressão, cujas causas ainda se desconhecem, os Bombeiros Voluntários do Faial foram chamados ao local e transportaram a vítima até ao Hospital da Horta, que ainda ponderou enviá-la para outra unidade de saúde dada a gravidade do seu estado clínico.

De acordo com fonte hospitalar, a evacuação médica não chegou a ocorrer, atendendo ao “quadro clínico reservado” da vítima, que foi colocado em coma induzido Hospital da Horta, mas não conseguiu sobreviver. Os familiares e amigos na Fazenda, Praia, sua cidade natal, estão consternados, manifestando a sua mágoa em diversas publicações nas redes sociais e recordando a figura carismática que foi Ademir, filho de um dos maiores nomes do futebol praiense, Djudja de Achada Santo António.

Entretanto, nas redes sociais, multiplicam-se as publicações de consolo à família do cabo-verdiano, que alguns consideram ter sido vítima de “ódio racial”, de tal forma que está já marcada para esta terça-feira, pelas 18h00 (mesma hora em Cabo Verde), uma vigília e manifestação antirracista em frente ao edifício da Câmara Municipal da Horta.

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