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Santa Cruz já tem Biblioteca Comunitária para “suprimir” dificuldades dos alunos
Cultura

Santa Cruz já tem Biblioteca Comunitária para “suprimir” dificuldades dos alunos

A Associação Leitura e Cultura (ALC) já tem em funcionamento uma Biblioteca Comunitária no município de Santa Cruz que visa “suprimir” as dificuldades enfrentadas pelos alunos, mas também promover o desenvolvimento local.

Esta informação foi avançada hoje à Inforpress pela mentora do projecto, Sílvia Sanches, explicando que para tornar realidade o projecto “Biblioteca a Porta da Inteligência (BPI)”, cujas portas se abriram esta segunda-feira, 23, foi necessária a criação da ALC.

Segundo a mesma fonte, o objectivo primordial é a promoção e incentivo à leitura com o intuito de ter, na Cidade de Santa Cruz, um espaço de lazer, de estudo, de pesquisa, de desenvolvimento do “intelecto” dos seus munícipes e a necessidade de, sobretudo os estudantes, terem um espaço propício para o acompanhamento e complemento à educação.

A mentora do projecto explicou que o mesmo surgiu em 2009, altura em que a mesma ainda era universitária em Portugal, mas que tal foi desenhado para ser implementado no município de Santa Catarina de Santiago, mas com a sua chegada no País, foi viver no município de Santa Cruz e com as necessidades e dificuldades que veio assistindo nos alunos decidiu trabalhar o projecto para este município.

Entretanto, declarou que as barreiras foram várias, explicando assim o facto de levar mais de 10 anos para a implementação do mesmo, pois, conforme esclareceu, os amigos, pessoas próximas e singulares aderiram sem qualquer problema ao projecto, mas quando se fala de entidades as burocracias foram várias, tanto é que foi necessário criar a associação para poder levar adiante o projecto.

Hoje, vendo o projecto tornar-se realidade, diz acreditar que o espaço vai servir para os alunos, munícipes e vai ser também uma porta de “transformação e desenvolvimento” para o município.

É que conforme acentuou, na biblioteca o que se encontra são livros e os livros servem para alimentar o intelecto e despertar a curiosidade e a inteligência dos leitores, acreditando que o espaço servirá para enriquecer os sonhos dos frequentadores e daí saírem grandes projectos para serem implementados com foco na melhoria do município.

Sílvia Sanches avançou que a Biblioteca iniciou com cerca de 2500 livros, onde um dos maiores parceiros foi o Ary Reis, a Biblioteca Nacional, o Arquivo Histórico Nacional, mas também pessoas amigas que aderiram à causa desde o início do projecto e que hoje viram o projecto tornar-se realidade.

Questionada sobre os tipos de livros que tem no espaço, esta responsável informou que há livros de diferentes áreas temáticas, desde áreas das ciências sociais, literatura, livros infantojuvenis e juvenis, livros de arte incluindo cinema, cultura, livros de religião, psicologia, sociologia, história, livros gerais, dicionários, enciclopédias, gramáticas, entre outros.

Para cultivar o hábito da leitura e para que o espaço seja frequentado, a mentora evidenciou que estará aberta a todos os interessados, desde criança e que aos visitantes, vão ser ministradas algumas orientações de como manusear os livros, mas também orientações no sentido de desenvolver capacidades intelectuais, para aprender a ler, pesquisar e adquirir novos conhecimentos.

Para a sustentabilidade do espaço, além de parceiros locais e outras entidades, a ALC abriu no mesmo local um espaço que vai funcionar como um biblio-café que terá acesso à Internet, reforçando que neste momento a biblioteca encontra-se num espaço estratégico, perto das escolas do centro do município, mas que a ideia é fazer chegar livros a todas as localidades.

Esta mentora diz acreditar que o espaço vai ser bem aproveitado pelos munícipes, relembrando que “a biblioteca é uma fonte de conhecimento e que os livros fazem-nos aprender, desenvolver o nosso ensino-aprendizagem de forma correcta e como ela é mesmo”.

Às pessoas que alimentam ou que têm o sonho de criar projectos e iniciativas do tipo pede-lhes para não desistirem de apoiar as suas comunidades, que batem à porta de quem quer que seja, mesmo que seja em porta errada, mas que na hora certa sempre vai bater na porta certa e assim conseguir apoios para levar adiante o projecto.

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