O ministro da Cultura apelidou hoje de “populismo crónico, desonestidade intelectual, política e ética” as afirmações de José Maria Neves de que a Agenda de Transformação, criada pelo seu governo, “continua a ser implementada mas, com outros nomes” pelo actual Executivo.
Numa publicação na sua página do Facebook, o ministro da Cultura e das Industrias Criativas, Abraão Vicente, defendeu que “a máxima de gestores de topo, de gente séria e que sabe o papel de um processo de avaliação rigoroso e preciso diz que não se pode fazer o mesmo de sempre e esperar resultados diferentes”.
Por isso, destacou que, “além do populismo crónico, da evidente desonestidade intelectual, política e ética” das declarações do ex-primeiro-ministro, “há um evidente “desconhecimento dos processos por detrás dos modelos que estão a ser implementados pelo actual Governo” que, na sua óptica, “tem trazido resultados diferentes”.
Prova disso, segundo Abraão Vicente, é que “o país cresce cinco vezes mais, liderado por Ulisses Correia e Silva, e o desemprego atingiu “o ponto mais baixo nos últimos anos”.
Sobre a declaração de José Maria Neves de que a elevação da morna a Património Cultural Imaterial da Humanidade “deve-se à Cesária Évora que a levou aos palcos do mundo”, o ministro notou que o ex-primeiro-ministro “não percebeu” o que significa a classificação da morna para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
“É dramático como, apesar das explicações da equipa técnica e do dossier ser púbico, que um ex-governante (ex-PM) ainda não tenha percebido o que significa a classificação da morna para a Unesco e na Unesco, não tenha compreendido os procedimentos da instituição e sobretudo não tenha compreendido que não foi a morna dos palcos, a morna música a ser classificada mas algo muito mais abrangente: a prática social”, escreveu Abraão Vicente.
Para o actual governante, as declarações de José Maria Neves são “um atestado de incompetência e um desrespeito pela equipa técnica que liderou o processo”.
A mesma fonte referiu ainda que “nem tudo é política” e que “ o populismo e a tentativa de tirar o mérito de quem conduziu o processo leva à ridicularização pública do ex-primeiro-ministro”, que, precisou, “demonstra desconhecimento total da matéria”.
Sobre a comparação do antigo fórum nacional de artesanato ‘Fonartes’ e a actual feira nacional de artesanato ‘Urdi’, o ministro da Cultura disse que é “como comprar uma viatura Toyota Starlet com uma Ferrari”.
Com Inforpress
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