O escritor cabo-verdiano-guineense Ireneu Vaz fará às 17 horas deste domingo, 26, o lançamento online do seu segundo livro, intitulado “Os Aristocratas” (Edições Nimba). Será um live stream a partir da página de facebook do autor e em simultâneo com o editor do romance.
Depois de estrear na literatura com “Ânima – Uma viagem de alma inteira” (Chiado Editora), Ireneu Vaz, mestre em engenharia civil e que vive actualmente na Praia, percorre outras paisagens com este romance “Os Aristocratas”.
O livro, que estará à venda em versão papel por 15 euros e no formato e-book por apenas 5 euros, “convida o leitor a uma viagem pelo seu imaginário, através de um olhar sereno sobre o drama da exploração sexual e das suas teias de influências, e por esta via, iniciar um diálogo silencioso sobre a essência da reserva moral”, lê-se na contra-capa.
“Do café Sofia na Cidade da Praia à Igreja de Nossa senhora do Rosário na Cidade Velha. Da ilha de Luanda aos pântanos do Cuito Cuanavale. Da ópera de Copenhaga à Medina de Dubai. Das montanhas de Panjshir ao deserto da Líbia. Lisy e Rafael vêm-se envolvidos num enredo de contornos imprevisíveis”, diz o texto-teaser deste romance, que também é uma história sobre a emigração “que nos desafia a viajar pelos dramas que liga e separa o sonho de uma vida melhor com a dura realidade que este mesmo sonho desperta. Uma ficção carregada de leveza e intensidade”.
Ireneu Vaz revela que os seus trabalhos literários são inspirações de viagens e encontros fortuitos. “Em que me inspiro? Essencialmente em viagens e encontros com pessoas anónimas e lugares insólitos. Mas sobretudo em experiências vividas que me tenham marcado emocionalmente. Pela escrita procuro reescrever em palavras neutras aquilo que por vezes é uma experiência muito intensa quer afectivamente como mentalmente. Gosto de pintar a memória com palavras”, disse ao Santiago Magazine, acrescentando que a paixão pela escrita vem de “um exercício de memória e de síntese de experiências vividas, projetos realizados ou falhados, uma catarse de eventuais frustrações e desafios não concretizados. Mas sobretudo o prazer do diálogo interior que a escrita proporciona. Pois é uma forma de se dividir em várias personagens que no fundo carregam ou transmitem uma parte da nossa personalidade”.
O escritor não tem um estilo predefinido. Escreve para, como diz, “dar luz às ideias e emoções”. Por isso pode sair em prosa ou poesia, ligeiro ou intenso. Mas sempre recorrendo à sátira, à ironia, a maiêutica… “Gosto de dar ao leitor uma sensação de melodia quando lê os meus textos, sem deixar de lhe dar o intenso da realidade que as palavras procuram dar sentido. Em síntese gosto de escrever sem esquinas. Gosto de me reler e sentir a coerência no texto e uma certa música nas sílabas”, observa si próprio.
Serão, enfim, estas pinceladas biográficas e bibliográficas que Ireneu Vaz deverá partilhar com o público este domingo, às 17 horas, durante o lançamento online de um ousado e atractivo romance, “Os Aristocratas”.
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