A obra “Beato Sabino” do escritor Olavo Delgado Correia, foi a vencedora da primeira edição do Prémio Literário Arnaldo França, que resulta de uma parceria entre a Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV) e a Imprensa Nacional Casa da Moeda de Portugal (INCM).
O anúncio foi feito ontem a noite por Vera Duarte, na sessão de boas-vindas do Morabeza-Festa do Livro, que aconteceu na praça do antigo Liceu Jorge Barbosa, em São Vicente. Na ocasião, foi ainda atribuído uma menção honrosa à obra “Sonho de Ícaro”, de Gustavo Ferreira.
“Beato Sabino” foi escolhida entre as 13 obras submetidas ao concurso. Vera Duarte, que se assumiu como uma entusiasta dos concursos literários por estes revelarem não só novos talentos como também os já consagrados, agradeceu a INCV e a INCM por terem criado este prémio que, afirmou, homenageia o ilustre intelectual Arnaldo França. “Eu ainda jovem e sem saber se escrevia, o Dr. França me incentivou a publicar, dizendo para não esperar a obra perfeita como outros fizeram, referindo-se a ele próprio, sob pena de eventualmente nunca publicar. Este incentivo aos novos talentos é fundamental”, explicou.
Olavo Delgado Correia nasceu na Praia a 16 de Outubro de 1967, precisamente dois dias depois do centenário do Patrono da Nossa Cultura, Eugénio Tavares, que nasceu a 18 de Outubro de 1867.
Ë formado em Sociologia pela Johannes Kepler Universidade de Linz na Áustria. Trabalhou na Administração Pública cabo-verdiana (até muito recentemente) tendo exercício os cargos de Diretor-geral do Emprego e Coordenador do Sistema Nacional de Qualificações.
Atualmente, ele é consultor independente em Avaliação de Politicas Públicas e Ciclo de Projectos. Tem o seu escritório na Achada de Santo António, na Praia, lugar que que ele diz ser de “sua intimidade com a escrita”.
Ele não ainda não tem nenhuma obra publicada, mas há registo de excertos de vários livros dele no extinto Jornal "A Voz". Curioso é que ele assina os excertos e entre parenteses diz “à espera de edição”. São os casos de um Livro intitulado “Três dias na vida de um Zaqueu”; Excertos do Livro chamado “Diva” ou do Livro “A Façanha de Nita Reis e Tiago Ventura”. Quero crer que um Livro de sua eleição (também à espera de edição) é “A Preto e Branco Azul a Cor do Mar”.
“Espero que este prémio seja o tónico que lhe faltava para dar-se a conhecer como escritor. Porque escritor ele já é. A douta e unânime decisão do júri do Prémio “Arnaldo França” confirma isto mesmo”, declara o escritor.
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