O Atlantic Music Expo (AME) arranca hoje na cidade da Praia, um encontro de profissionais da música de todo o mundo com mais de duas dezenas de espetáculos abertos ao público no centro da capital.
A programação de hoje inclui conferências, uma sessão de abertura e, entre terça e quinta-feira, novas bandas e cantores de 12 países vão ocupar diferentes palcos no Plateau, centro histórico da Praia, distribuídos pelo Palácio da Cultura, Rua Pedonal e Praça Luís de Camões, para os chamados 'showcases'.
O programa de terça-feira inclui Leroy Pinto (Cabo Verde), Roberta Campos (Brasil), Zuleica Barros (Cabo Verde), Fattu Djakité (Guiné-Bissau), Isabel Novella (Moçambique), Ary Mar (Cabo Verde), Cjey Patronato (Cabo Verde) e Sahad (Senegal).
Na quarta-feira, apresentam-se Yacine Rosa (Cabo Verde), Raquel Kurpershoek (Espanha), Rumba de Bodas (Itália), Karyna Gomes (Guiné-Bissau), Fábio Ramos (Cabo Verde), Eliana Rosa (Cabo Verde), Voz Sambou (Canadá/Haiti) e Tasuta N-imal (Marrocos).
O alinhamento do último dia inclui Mariaa Siga (Senegal/França), Taresa Fernandes (Cabo Verde), Danças Ocultas (Portugal), Throes + The Shine (Angola), Queency Barbosa (Cabo Verde) e Dieg (Cabo Verde).
A AME tem crescido além-fronteiras e, em 2025, tem 400 profissionais inscritos para participar nas atividades que, a cada mês de abril, animam a capital de Cabo Verde com sons de todo o mundo e a lançar novos artistas.
Entre inscritos nacionais e estrangeiros, sejam "delegados, jornalistas e artistas, o número ronda perto de 400 pessoas”, acima do número do último ano, disse à Lusa, Benito Lopes, diretor-geral do evento.
"O AME é um mercado, não é um festival”, referiu Benito Lopes, apontando o evento como uma plataforma cada vez mais usada para promover novos trabalhos.
O Brasil é um dos países que mais procura lugar no AME, além de haver um interesse crescente “de vários países africanos" em busca dos encontros que podem abrir portas a novas oportunidades - e onde a Europa é presença habitual, desde início, graças à colaboração do AME com o Womex, projeto internacional de apoio e desenvolvimento da música mundial.
"Os cabo-verdianos também já perceberam que podem tirar partido desta plataforma para se internacionalizar", concluiu.
O AME é uma organização da Cabo Verde Cultural, associação sem fins lucrativos, e é apoiado pelo Governo e privados, numa junção que tem sido essencial para a dinamização do evento, apontou Benito Lopes.
Na quinta-feira, como é habitual todos os anos, o último espetáculo do AME antecede o arranque no Kriol Jazz Festival, também no centro da Praia, cujo programa de três dias tem como destaques o angolano Bonga e a gambiana Sona Jobarteh.
Comentários