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Santiago Norte exige um plano de desenvolvimento económico vinculado às suas potencialidades
Colunista

Santiago Norte exige um plano de desenvolvimento económico vinculado às suas potencialidades

Até 2016, ano em que o actual governo assumiu o poder, a região vinha sendo contemplada com importantes projetos ao nível da correção torrencial, exploração de águas superficiais e lençóis freáticos com construção de diques e barragens, programas de modernização da agricultura e subsidiação de atividades do setor primário da economia, construção de estradas e vias de acesso para diversas comunidades rurais com particulares capacidades na produção agrícola e pecuária, eletrificação rural e planeamento do território vinculado ao processo de produção e alavancagem do potencial turístico. Com a saída do PAICV do governo, a região entrou numa dramática letargia, os projetos evaporaram-se e hoje o cenário é deprimente, salvo uma ou outra obra, praça e pequenas vias financiadas pelo PRRA, não há nada de substancial para Santiago Norte. A posição do governo do MpD para com esta região é de total descaso e manifesto desrespeito para com os mais de 120 mil cabo-verdianos que aqui residem, trabalham, pagam os seus impostos e criam riquezas para o país.

O PAICV é um partido com longo curriculum no processo de desenvolvimento de Cabo Verde. Aliás, a história do Cabo Verde independente confunde-se com a história do próprio PAICV, o principal construtor deste país, nos últimos 40 anos. Sem o PAICV seguramente que Cabo Verde não seria o que é hoje, um país saudável, com autoestima e respeito no concerto das nações.

Faço esta introdução para falar da Região Santiago Norte e do papel que o PAICV tem desempenhado no seu processo de desenvolvimento, bem como das legítimas reivindicações para a construção de um futuro próspero, justo e equilibrado no contexto nacional.

Santiago Norte é uma região rica. Tem território, tem população, tem longas e férteis bacias hidrográficas, vasta costa marinha, montanhas e encostas e vales emblemáticas. Falta é visão e investimento público.

A taxa de pobreza é elevada se comparada com a prevalecente no país. O saneamento é uma lástima. O abastecimento de água potável está muito aquém da demanda. A agricultura continua á mercê da benevolência da natureza. Os criadores de gado contam apenas com a conjuntura das chuvas e das secas.

O programa público para o desenvolvimento do potencial da região, a existir, continua desconhecido. Ninguém sabe o que pensa o governo sobre uma das regiões mais importantes do país.

Até 2016, ano em que o actual governo assumiu o poder, a região vinha sendo contemplada com importantes projetos ao nível da correção torrencial, exploração de águas superficiais e lençóis freáticos com construção de diques e barragens, programas de modernização da agricultura e subsidiação de atividades do setor primário da economia, construção de estradas e vias de acesso para diversas comunidades rurais com particulares capacidades na produção agrícola e pecuária, eletrificação rural e planeamento do território vinculado ao processo de produção e alavancagem do potencial turístico.

Com a saída do PAICV do governo, a região entrou numa dramática letargia, os projetos evaporaram-se e hoje o cenário é deprimente, salvo uma ou outra obra, praça e pequenas vias financiadas pelo PRRA, não há nada de substancial para Santiago Norte. A posição do governo do MpD para com esta região é de total descaso e manifesto desrespeito para com os mais de 120 mil cabo-verdianos que aqui residem, trabalham, pagam os seus impostos e criam riquezas para o país.   

É este quadro que o PAICV quer mudar. A reunião magna do partido, realizada no último fim de semana, 6 de março, na cidade de Assomada, fez uma análise exaustiva da situação política e socioeconómica da Região, e decidiu que irá trabalhar para resgatar a centralidade de Santiago Norte no processo de desenvolvimento de Cabo Verde e assumir, em 2024, o poder nos seus seis concelhos.

É um trabalho árduo, mas que conta com todos os militantes, amigos e simpatizantes do PAICV. Os comerciantes, empresários, sociedade civil organizada, os emigrantes, todos, estão sendo convocados para esta nobre missão que é resgatar a dignidade da Região Santiago Norte, promover o seu desenvolvimento, chamar as suas principais potencialidades naturais, como a agricultura, a pecuária, o turismo, as pescas, a cultura, o comércio para a agenda pública.

O agronegócio tem naturalmente o seu assento em Santiago Norte, não só pelas suas caraterísticas inatas, mas também, e sobretudo, pela sua história e experiência no setor.

Vamos trabalhar as trincheiras, para sermos uma voz ativa na defesa dos interesses da Região, na identificação dos seus desafios e das suas potencialidades, posicionando-se na vanguarda do seu processo de desenvolvimento designadamente na promoção de políticas integradoras, capazes de alavancar as suas riquezas naturais e os seus recursos humanos.

O PAICV é um partido histórico, forte e mobilizador. Por isso, todos somos imprescindíveis na edificação, na consolidação e no crescimento do nosso grande partido.

Com os olhos postos no futuro, contando com todos, por um PAICV Unido e Forte na construção de novas oportunidades em Santiago Norte.

*Presidente da Comissão Política Regional de Santiago Norte do PAICV

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