Vários estudos feitos têm demonstrado que o fator mais importante para a Qualidade da Educação são os Professores e, logo de seguida, as Direções das Escolas, ou melhor: as Lideranças das Escolas. Sabemos como os Diretores e os Delegados são escolhidos neste país! Não se acautela, minimamente, a questão da Qualidade e, logo, o que impera é o AMADORISMO! Ora, não faz sentido estarmos a inventar lemas e mais lemas, e fazer retóricas discursivas sobre a Qualidade, quando as práticas quotidianas, relativas à Organização e Administração Educacional, carecem de sofisticação técnica e científica. Uma coisa que não podemos perder de vista é a seguinte: O Futuro de uma Nação joga-se nas Escolas!
Virou moda, em Cabo Verde, o uso contínuo de expressões como “Resiliência”, “Confiança” e “Qualidade”.
Neste artigo, vou me deter apenas na expressão Qualidade – Qualidade da Educação.
Ao longo dos anos, têm sido escolhidos lemas para o “Novo Ano Letivo”, realçando o desejo de uma Educação de Qualidade. O problema, é passar do desejo para a prática!
A Qualidade Educacional não se consegue no vazio, ou por mera intenção do Ministério da Educação, por mais bem-intencionada que seja! É certo que ela deve ser intencionada, mas é preciso criar todo um Quadro Institucional Mobilizador dos atores, particularmente os Professores e os dirigentes escolares, para se engajarem e pilotarem o processo educativo.
Está provado que, as verdadeiras Reformas Educacionais (portadoras da Qualidade), só se efetivam quando os Professores assumirem as rédeas da Educação das gerações mais novas. Quem tem dúvida pergunta, por exemplo, ao Emanuel Macron, Presidente da França, o que ele está a fazer, desde de 2021, para melhorar a Educação naquele País, depois de, tristemente, constatar que o Estado anda a gastar muito dinheiro com Reformas e mais Reformas, mas sem resultados desejáveis.
Mas quando falo da criação de um Quadro Institucional Mobilizador, estou a pensar, também, numa questão técnica e que tem que ver com a criação do Sistema Nacional de Garantia da Qualidade da Educação.
O Sistema Nacional de Garantia da Qualidade da Educação, enquanto instrumento de promoção, monitoramento e avaliação da Qualidade, comporta Padrões Nacionais de Garantia da Qualidade, que são os Referenciais da Qualidade, que as Escolas devem seguir. Estes, também, servem de Referenciais para o Ministério da Educação, ou a sua representação (entidade reguladora), avaliar as Escolas e verificar se estão a cumprir (ou não) com o estipulado.
Para além desses instrumentos, é necessário investir fortemente, e com particular atenção, no fator-chave da Qualidade da Educação – os Professores. Sem um corpo docente altamente qualificado, autónomo, motivado e que goza de um elevado estatuto social, muito dificilmente se consegue uma Educação de Qualidade!
Um outro aspeto fundamental, a valorizar, se de facto queremos Qualidade da Educação, para além de uma profunda e urgente Reforma na Formação de Professores, é a Reforma nas Direções das Escolas. Não podemos continuar a olhar para as Direções das Escolas como um lugar onde qualquer pode estar lá!
Vários estudos feitos têm demonstrado que o fator mais importante para a Qualidade da Educação são os Professores e, logo de seguida, as Direções das Escolas, ou melhor: as Lideranças das Escolas. Sabemos como os Diretores e os Delegados são escolhidos neste país! Não se acautela, minimamente, a questão da Qualidade e, logo, o que impera é o AMADORISMO!
Ora, não faz sentido estarmos a inventar lemas e mais lemas, e fazer retóricas discursivas sobre a Qualidade, quando as práticas quotidianas, relativas à Organização e Administração Educacional, carecem de sofisticação técnica e científica. Uma coisa que não podemos perder de vista é a seguinte: O Futuro de uma Nação joga-se nas Escolas!
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