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Quando perdemos a direção
Colunista

Quando perdemos a direção

Perdemos a direção, quando deixamos de produzir a espontaneidade, a leveza, a compreensão do outro e o desenvolvimento do eu. Quando o egoísmo e as manobras pessoais assumem dimensões incomuns. A naturalidade e a descoberta de um olhar compassivo e altruísta somam como elementos que dão força a permanecermos na direção certa.

Quando perdemos a direção

Perder a direção é o mesmo que tentativas frustradas, metas não atingidas e decisões infrutíferas.

Todos nós falhamos uma vez ou outra; o fundamental, é perceber que estamos falhando quase sempre e os processos da nossa vida assinalam resultados negativos. As decisões que tomamos no processo diário, podem indicar se estamos na direção certa ou a perder a direção. Uma das fases que devemos vigiar, é justamente quando percebemos que algo vai mal e que precisamos dar passos de resgate. A vida é tão insegura quanto profundamente imprevisível.

Manter num estado de alerta, é crucial para não cairmos nas situações inesperadas e surpreendentes. O estado de vigilância é importante. A consciência de quem realmente somos e onde estamos também conta como um fator importante.

Perdemos a direção por vários motivos: quando confiamos em demasiado em nós. Isso significa, uma autoconfiança para além do aceitável. Quando decidimos por todos meios permanecer na "zona de conforto", achando que tudo gravita em torno do que temos e do lugar onde estamos. Perdemos a direção, quando tomamos decisões ariscadas e perigosas. Conheço histórias de tantas pessoas que viviam em paz, desfrutavam de muita serenidade, bem-estar emocional e material. Quando menos se imaginava, tudo se foi de uma forma dramática e brutal.

Quem pensa que a vida segue um curso linear acaba se perdendo sem se dar conta. Deus não nos deu o livre arbítrio para vivermos no aleatório. É preciso usufruirmos com sabedoria e inteligência um dos bens mais preciosos que nos foi dado. O livre arbítrio não é uma faculdade para ser usada no sentido destrutivo. Sempre que fazemos uso errado do livre arbítrio, sofremos consequências diretas.

Neste sentido, pressupõe que o homem precisa se evoluir internamente e externamente. Desenvolver a consciência, a autoanalise voluntária, a descoberta permanente de princípios que dão suporte a capacidade de decisão positiva. Perdemos a direção, quando deixamos de produzir a espontaneidade, a leveza, a compreensão do outro e o desenvolvimento do eu. Quando o egoísmo e as manobras pessoais assumem dimensões incomuns. A naturalidade e a descoberta de um olhar compassivo e altruísta somam como elementos que dão força a permanecermos na direção certa.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine

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