Cada decisão tomada sem considerar a sua verdadeira natureza e consequência terá o poder ou a influência de nos conduzir lentamente a um estado possível de fracasso. É importante sublinhar que o fracasso não é um produto do instantâneo e nem é uma queda livre, é um processo que vai assumindo a sua leve e perspicaz capacidade de nos assinalar um caminho subtil e que poderá nos conduzir a um resultado desastroso e irreversível.
As grandes quedas que resultam em desatento pessoal e que atingem proporções alarmantes, passam pelas pequenas decisões impensadas e emocionais. O nosso percurso enquanto indivíduos no processo paulatino de desenvolvimento e maturidade pessoal, requer que saibamos decidir e agir com a consciência clara que estamos no caminho certo. O que poderá acontecer quando agimos no puro calor da emoção é o indício e a evidência de sinais de decadência gradual que vai assumindo uma dimensão pivô.
Quando chegarmos nessa etapa do processo, os desequilíbrios a vários níveis poderão atingir dimensões impensáveis e os desastres endógenos serão inevitáveis. O fracasso é inevitável quando insistimos no mesmo erro, quando o erro se torna um estilo de vida, quando o mesmo se transforma numa metodologia quotidiana. Os resultados inalteráveis serão sem dúvida, um horizonte caótico e lágrimas tenebrosas marcarão a nossa história.
As nossas insistências neuróticas, o comportamento bipolar na dimensão estratégica, como forma de superar os outros, ser melhor, ou superior na dimensão competitiva, são também elementos que conduzem ao fracasso. É preciso um olhar gracioso e profundamente realista da nossa existência, é preciso muito mais do que a busca pelo ter, é preciso ultrapassarmos as ilusões da realidade pessoal, desenvolver uma percepção legítima e motivadora no decurso da nossa vivência.
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