Camaradas, eu jurei a mim mesmo, nunca ninguém me mobilizou, trabalhar para o meu povo, eu jurei a mim mesmo, que tenho que dar a minha vida, toda a minha energia, toda a minha coragem, toda a capacidade que posso ter como Homem, até ao dia em que morrer, ao serviço do meu povo, na Guiné e Cabo Verde. Ao serviço da causa da humanidade, para dar a minha contribuição, na medida do possível, para a vida do Homem se tornar melhor no mundo. Este é o meu trabalho.
A nação é de todos, a nação tem de ser igual para todos. Se não é igual para todos, é porque os dirigentes que se chamam Estado se tornaram uma quadrilha.
Aquilino Ribeiro
Tal como a escravidão e o apartheid, a pobreza não é natural. É feita pelo Homem e pode ser ultrapasseada e erradicada pelas acções de seres humanos.
Nelson Mandela
A nota desafinada não passa. Torna-se inexistente. Não passa à nota seguinte, ao acorde que progride, que se desenrola, que caminha pelo som. Uma nota só… e mais outra, e outra e… mais. Pensemos o acorde mi menor. Três notas, como se diz usualmente. Ora, temos a tónica – mi, a 3ª – sol e a 5ª – si (mi, sol, si). Pensemos agora no acorde dó maior. Aqui temos, na mesma ordem: dó – mi – sol. O que há de comum naquela diferença, não só formal, mas fundamentalmente substancial? As notas mi e sol, não é assim? Pois não se desvinculam, mantêm-se na diferença. Progridem, desenvolvem trazendo no novo acorde, na nova realidade o conhecimento anterior, a experiência anterior. O outro passeio caminhante. A isso pode chamar-se, se não falho tecnicamente, harmonia musical. Porque em simultâneo afinam e harmonizam o seu caminho as notas. No fundo entendem-se, nas suas diferenças, nos objetivos a prosseguir e a perseguir. Notas afinadas, harmoniosas, simultâneas, consonantes e dissonantes, respeitadoras e tolerantes, assumem-se responsavelmente comprometidas na complementaridade de chegar a um objetivo. Autêntica democracia.
E assim pensaria eu também a Humanidade. E a nossa Emisferianidade, obrigatoriamente. Mais uma vez, com o vosso concedido perdão, repito o conceito de Emisferianidade: “é o espírito genuíno e comum, do património moral e ético, da diversa e múltipla realidade cultural, social, religiosa e linguística, de crenças e tradições, usos e costumes, integrada e refletida na multisociabilidade intercultural e social, dos povos e gentes falantes da língua portuguesa”. É o espírito genuíno e comum dos povos e gentes falantes da língua portuguesa.
Emisferianidade é uma procura incessante. É caminho a caminhar, pausadamente construindo o espírito genuíno e comum.
Assim, prosseguindo, conseguimos perceber e entender no nosso âmago, intimidade, do que tratamos e com quem tratamos a construção da nossa realidade. Mas se introduzirmos um corpo estranho, desafinado, sem compasso, insusceptível de harmonizar-se torna-se complicado, senão mesmo impossível, que todo o conjunto funcione em pleno concerto.
Ora o mesmo se passa com a infeliz CPLP. Nasceu fora de ordem. Não quiseram cuidá-la, ordená-la, educá-la devidamente para a vida. Preferiram deixá-la ao seu livre arbítrio total, sem respeito, sem liberdade, sem tolerância. Só palavras ocas dos responsáveis de muitos dos países constituintes.
A questão é saber o que fazer com a Guiné Equatorial. Não querendo por ora esgrimir argumentos jurídicos, pensemos se devemos aceitá-la e se devemos educá-la.
Penso que não devemos aceitá-la, antes que se eduque, que se limpe da miséria que carrega consigo aquele regime pária e ditatorial. Educá-la? Se o regime quiser verdadeiramente ajuda, mas fora dos meus/nossos relacionamentos.Ninguém é obrigado a ter que conviver com assassinos, violadores e corruptos. Querem encobrir-se sob o nosso manto de valores morais, éticos, culturais, sociais e religiosos para continuarem a praticar as suas atrocidades, com a conivência ativa de alguns membros da CPLP. Apenas depois, muito depois, com provas efetivamente dadas. A integração deve impor etapas. Não é do pé para a mão. O resto são argumentos jurídicos para fazer valer aqueles que sorrateiramente vão fazendo germinar e fixar na nata ingénua dos povos os seus desejos mórbidos pelo vil metal, neste caso vil petróleo/crude, dando depois como um caso consumado. Este tipo de técnica já eu a conheço. É de terceiro-mundo. Pratica-se muito pela banda de países que saíram de ditaduras ou vão ainda, de modo camuflado e em bastidores da intriga, perseguindo os opositores. Resquícios ditatoriais que vão permanecendo. Fácil de ver!
Basta aos povos desejarem e a CPLP, que tornou-se num clube de alta gama dos negócios privados e corruptores da sanidade social, económica, cultural e política, desaparece do mapa num ápice, dando, por isso, lugar a algo saudável e salutar à vida das gentes, das sociedades, das comunidades e da Comunidade, com base na união e complementaridade comprometida dos povos, na aceitação, no respeito, na compreensão, na tolerância e na assumpção com responsabilidade.
Ou então:
Ficamos com duas realidades de língua portuguesa no mundo: 1ª, a CPLP onde inclui aquele país desrespeitador dos direitos humanos e 2ª, a nossa Emisferianidade ki kel regime pária e ditatorial - ni na sonhe más plausive - ka tem manéra di pertencê a nôs valor moral e ético... Quem quiser continuar na comunidade e ao lado de um regime que promove a pena de morte e desrespeita os direitos humanos – regime pária e ditatorial – aceito plenamente, até compreendo. A Emisferianidade continuará, como sempre Ela existiu, existe e existirá… a trabalhar na união dos povos, da aceitação, do respeito, da compreensão, da tolerância e da assumpção com responsabilidade. Sem grupos ligados a interesses económicos destrutivos e usurpadores da vida dos povos e sociedades que encaminham as suas condutas no desvio prejudicial do sustento material, social e político das pessoas, dos cidadãos comuns, simples viventes dos quotidianos e no controlo efetivo das superestruturas sociopolíticas. Aqueles que tricotam malhas juridicamente para justificar seus fins nefastos e aqueles que tricotam malhas morais, éticas, culturais e políticas. Caso haja necessário do jurídico, será feito uso dele no seu encaminhamento mais correto e são às pessoas, povos, sociedades, comunidades e Comunidade. Não! A Emisferianidade diz não à CPLP! Somos sem fronteiras.
A CPLP está inquinada, contaminada e a caminho de envergonhar-nos a todos os falantes da língua portuguesa no mundo, países e comunidades. A CPLP já é olhada com muita desconfiança e bastantes reservas internacionalmente.
Os da CPLP corrupta devem assumir que o são. Não traz nenhum mal ao mundo se forem honestos. Devemos todos assumir as nossas democráticas honestidades. Se gosto da corrupção, por que não assumi-la publicamente, do mesmo modo daqueles que assumem o desprezo por esse tipo de condutas. Penso que as pessoas devem dizer abertamente o que pensam e o que querem e não andar a enganar o tempo inteiro com argumentação jurídica, ou com desculpabilização alheia. Há que assumir e ter juízo. Honrar os estatutos que representam. Se se acha que os Países da CPLP (8) são dignos de assumir a pena de morte, a morte violenta e diária de crianças, violências e violações aos direitos mais básicos e fundamentais ao ser humano, então os seus responsáveis devem vir a Público assumir o que acabo de dizer e deixarem de andar às escondidas, a lançar a culpa para o parceiro e esgrimir argumentos jurídicos e quererem apresentar a Guiné Equatorial como uma fatalidade, um facto consumado, uma inevitabilidade que nada se pode fazer: - já está, é uma infelicidade que temos que aguentar. Para cura dos nossos pecados vamos agora educá-los. Vamos educar os assassinos e violadores dos direitos humanos em plena cumplicidade, conivência, aceitação e tolerância com o resto da normalidade das sociedades. Se acham isto, digam. Tenham a hombridade, a coragem no vosso caráter de o dizer publicamente. Assumam que querem a Guiné Equatorial por causa do seu crude, e a ele grudarem-se em troco de prescindirem dos valores morais, éticos, culturais e socias que vos enformaram a educação doméstica e a educação institucional dos países falantes de língua portuguesa.
Preciso de saber com quem me meto ou com quem nos metemos. Com quem lidamos, afinal de contas. Não pretendo ficar ligado àquele regime pária, desrespeitador dos direitos humanos. Mancha a imagem de todos nós falantes da língua portuguesa e que partilham intrinsecamente os mesmos valores morais, éticos, culturais e sociais do cidadão, do político, do religioso, do escritor e do artista e de todos aqueles que querem dignificar e caminhar por princípios válidos à humanidade. Estas pessoas queimam a imagem de uma sociedade inteira. Por um ou dois, paga todo um povo. É injusto e é incorreto. Não quero. Renuncio. Repudio frontalmente.
Nós unimos pela Arte. É uma escultura que vamos construindo, esculpindo-a todos nós. Não desunimos parecendo querer unir por palavras jurídicas ou sofistas. O jurídico tem o seu próprio lugar. Nós somos relações humanas saudáveis ordenadas moral, social, cultural, política e juridicamente. Não somos propriamente amantes da marginalidade criminosa, dos submundos e das economias paralelas, do tráfego de menores e de pessoas ou do tráfego internacional de droga e armas.
Pelo que já me apercebi e tenho vindo a ler vários governantes ao mais alto nível estão envolvidos com a Guiné Equatorial até ao tutano. São os verdadeiros defensores e impulsionadores da adesão desse país. Agenda escondida, fazendo-se passar por outro género de pessoas e de personalidade (grandes defensores das liberdades, das democracias e das liberdades de expressões, defensores dos direitos fundamentais da pessoa). É só jogos de bastidores em prol do quê? Pitrol…? Esperemos que não surjam outras realidades menos agradáveis ao olho do cidadão.
Também temos que fazer queimadas profiláticas na CPLP, senão isto torna-se outro local pútrido e cheio de lixo. Acho que todos deveriam, como eu faço, denunciar todos os dias, em todos os momentos o quão lastimável e desrespeitadora dos direitos humanos é a CPLP. Vamos juntar e dar mãos para que os nossos governantes comecem a ter escrúpulos, maior exigência moral e política nas palavras e condutas, não se pondo a perseguir pessoas por não apoiarem um regime pária e ditatorial. É uma vergonha.
Destaco-me e distancio-me já e publicamente de qualquer ligação a esta corrupta e desrespeitadora organização dos direitos humanos, bem como das pessoas que apoiam direta ou indiretamente a Guiné Equatorial. Aconselho, igual e vivamente, a seguirem o meu conselho. Distanciem-se publicamente e já! A coisa – A CPLP - está conspurcada.
O que é apetecível para mim poderá não ser para outros. A mim não me apetece vender os meus valores morais, éticos, culturais, sociais, religiosos e políticos a troco de petróleo ao pequeno-almoço ou à noitinha, pela calada. Ainda sou Homem. Dizem que todos temos um preço. Veremos qual será o meu! Todos nós, países e comunidades da língua portuguesa, somos enxovalhados e denegridos por uns poucos que se sentam onde não deviam. Relembro aqui o escritor equato-guineense Donato Ndongo-Bidyogo que condena a permanência da Guiné Equatorial na CPLP: «Não sentem vergonha de estarem sentados ao lado do tirano mais abjecto que existe no mundo?»
"ACEITÁMOS A GUINÉ EQUATORIAL NA CPLP e temos de o assumir". Diz o PRIMEIRO-MINISTRO DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE. A Guiné Equatorial já é membro efetivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa desde 2014. (RTP, 16 Set, 2016, 23:43 / atualizado em 16 Set, 2016, 23:54 | Mundo). O PRIMEIRO-MINISTRO DE CABO VERDE DIZ QUE POSIÇÃO SOBRE A GUINÉ EQUATORIAL É A MESMA DA CPLP.
É pena ver CV e S. Tomé enredados neste vil e decadente negócio atlântico. Querem enganar as pessoas ingénuas e descuidadas, levando a que estas aceitem a realidade equatorial como indiscutível. A Guiné Equatorial é um regime pária e ditatorial que não respeita, menos tolera, a Democracia, o Estado de Direito, os Direitos do Homem, da Mulher e da Criança e as liberdades fundamentais. Um país que é visado internacionalmente pela contribuição à acumulação e proliferação excessivas e descontroladas de armas ligeiras e de pequeno calibre, por não só constituírem uma ameaça para a paz e a segurança como também reduzem as perspetivas de desenvolvimento sustentável, especialmente na África Ocidental. Um país que impede o objetivo específico de reforçar as capacidades de um grupo de países em vias de desenvolvimento para combater um fenómeno que constitui um obstáculo ao desenvolvimento sustentável desses países. Atua de modo marginal e transgressor, através dos seus governantes (v. notícias em França e na Suíça sobre os processos judicias-crime que envolvem o filho de Obiang). E assim esses países falantes da língua portuguesa querem relacionar-se com gente deste calibre, com gente criminosa. São livres dentro do seu arbítrio, mas não envolvam os povos e as comunidades neste conto do vigário que ofende os mais básicos princípios da respeitabilidade e convivência saudável. Querem queimar a vossa imagem e os vossos valores adquiridos nos vossos berços familiares e de toda uma Comunidade que é nossa Emisferianidade. Façam-no em vosso nome e deixem-se de hipocrisias baratas. Pretendem andar no silêncio e tornar a Guiné-Equatorial como mais um país pertencente e integrante dos falantes da língua portuguesa, como se de uma inevitabilidade se tratasse. A CPLP tornou-se numa organização que não respeita a Democracia, o Estado de Direito, os Direitos do Homem, da Mulher e da Criança e as liberdades fundamentais, à boa imagem do seu mais novo membro: a Guiné-Equatorial!
Neste encalce convém relembrar o desprezo pela Educação, pela História e pela Cultura cabo-verdianas, em favor dos negócios com a Guiné-Equatorial e da sua integração na infeliz CPLP, por parte das autoridades de Cabo Verde eleitas pelo seu Povo.
Alguém em Cabo Verde conhece a quantidade de textos escritos em crioulo no e do século XIX: poesia e prosa, contos, preces religiosas, moral religiosa, provérbios, regras gramaticais do crioulo – morfologia, sintaxe, léxico? Por exemplo: será que é conhecido o “Dialecto Indo-Português de Damão”, da autoria de Monsenhor Sebastião Rodolpho Dalgado, ou o “Dialecto Indo-Português de Ceylão, do mesmo autor, ou o “Dialecto Crioulo de Cabo Verde”, de Baltasar Lopes da Silva, ou o “Glossário Luso-Asiático”, autoria daqueloutro autor? Apenas alguns casos exemplares. Pergunto, conhecem: escola primária, ensino liceal, universidade? Talvez, aos poucos, por net, comecemos a perceber melhor a razão de ser do nosso crioulo, da nossa Cultura e, também, do Crioulo.
Pois, o Senhor Presidente de Cabo Verde tem conhecimento de tudo isto e muito mais sobre a língua crioula, a sua história e origens. Inclusivamente tem na sua posse informação (documentos históricos) valiosíssima para o Povo, jovens e crianças do País de que é Presidente. Faz parte do grupo de investigação linguística de Korlai, da mesma forma que Manuel Veiga, eu e outras pessoas de Cabo Verde.
Da mesma forma que Manuel Veiga – este detentor de mais vasta informação necessária ao Povo -, o Senhor Presidente tem na sua posse informação valiosa e muito importante, para a História do país e para o conhecimento das origens e evolução do Crioulo, mas não faz chegar ao Povo, à Cultura, à Educação, à investigação linguística, ao estudo científico. Por que será?
Qual a razão de os governantes de Cabo Verde terem uma tendência especial para sonegar vital informação e conhecimento para a sua História e origens. Qual a razão de não quererem investigar e estudar séria e honestamente. Qual a razão de o Senhor Presidente de Cabo Verde continuar a camuflar as mentiras e crimes praticados contra a História, Origens e Línguas de Cabo Verde. Da mesma forma que o Senhor Presidente, outros ilustres cabo-verdianos têm na sua posse a mesma informação/documentação.
O que se fez em Cabo Verde foi muito grave. Gravíssimo. Foram crimes. Crime (crimes) contra a Humanidade. Amputaram, deformaram gerações e gerações, já não contando com o tempo de Salazar, o grande amigo de Nhô Balta. Penso, quase tenho a certeza, as pessoas, naquele tempo de obscurantismo político, não o eram culturalmente: eram mais unidas, solidárias, lúcidas e muito informadas e conhecedoras. Brilhantes! Quiseram matar uma Geração de Ouro de Cabo Verde. Como aquela, outra não haverá! Temos o enorme dever de lutar por ela, extrair e expandir os seus doutos conhecimentos! A espinha dorsal.
E é isto e muito mais que, minhas senhoras e meus senhores, o PAICV e seus dirigentes andaram a esconder, a omitir, a não ensinar nas instituições de ensino de Cabo Verde. Hoje o MPD do Senhor Primeiro-ministro Ulisses Correia faz o mesmo intencionalmente. O Senhor Presidente da República apoia. Por isso percebe-se que nada se fará no que respeita ao Crioulo, à História e às origens do povo cabo-verdiano. Não querem! Querem continuar a jogar com palavras e a lançar mentiras. Pior ainda, vão deixando a MENTIRA e o CRIME instalarem-se.
O dever fundamental da Educação, dever de ensinar com verdade e da Investigação Científica foram claramente violados, como igualmente, dentre outros adjacentes, o dever de informar e o dever de prestar conhecimento idóneo. As anteriores e as atuais autoridades cabverdianas sabem-no perfeitamente.
Destronaram Baltasar e a Claridade, para assumirem um poder cheio de nada e levarem Cabo Verde ao abismo de um país sem raízes, sem História, supérfluo, superficial e leviano.
Convido e desafio as atuais autoridades cabo-verdianas, desde o mais alto magistrado (com todo o manancial de documentação que hoje tem na sua posse), ao governo e à assembleia representativa do povo, a criarem equipas de trabalho, a incentivarem os jovens à investigação científica da Língua e da História. E a dizerem a Verdade!
Cabo Verde tem História. Tem-se é que trabalhar para, depois, podermos conhecê-la e, assim, descansadamente, sem peso na consciência, sem medo e receios que alguém descubra a patranha, sem censura do lápis azul, poder contá-la aos outros, sentindo honra e orgulho.
Agora pergunto: O Senhor Presidente de Cabo Verde cumpre a Constituição do País de que é Presidente da República e que terá jurado cumprir? Será que ao não divulgar, difundir, provocar a discussão, provocar a investigação, alertar os jovens e as crianças sobre tudo aquilo que tem conhecimento sobre as Origens, a História e o Crioulo (muito tem na sua posse, como disse atrás) de Cabo Verde está a ser um Presidente amigo do Povo, um Presidente que cumpre a Constituição da República, um Presidente amigo da Educação, da Cultura e da História? Será que um Presidente que sabe que Manuel Veiga e o PAICV violaram todos os princípios da investigação linguística e histórica sobre o Crioulo e sobre a História de Cabo Verde, usando a mentira histórica e a negligência política, com reflexos gravíssimos e perigosos para as gerações atuais e futuras, cumpre a Constituição de Cabo Verde? Não! Não é amigo! Não é amigo, não cumpre a Constituição e nem quer o bem ao Povo! Quer mantê-lo na ignorância, de preferência agarrado às telas de cinema dos filmes que vai criando para entreter quem ingénuo é.
Por acaso o Senhor Presidente procurou explicar, por exemplo entre mais, a razão de ser do conto “ti lob e chibim”, a sua razão histórica, social, cultural e linguística. Já que conhece, sabe e tem na sua posse informação valiosíssima sobre esta questão. Está com medo? Tem vergonha? Por acaso já tentou saber por que razão existe doce de côco, doce de papaya, doce de leite, sucrinha, cuscus feito em barro e cozido em banho-maria (vapor de água)? Penso que que não e pouco está interessado. Talvez mais interessado em sofás de vidro e mulheres feitas de madre pérola! Talvez…
Termino sugerindo ao Senhor Presidente que evite utilizar a palavra Nação. Quem não sabe a sua História ou quem não tem História não pode falar em Nação. Qual é a História do Povo de Cabo Verde? As origens das pessoas que habitam as Ilhas? Quais são as origens do Crioulo? Sabe, Senhor Presidente? O Povo Sabe? Nação implica História, o mesmo é dizer que sem História falar de Nação é demagogia, e jogar com as palavras e com as pessoas. A História é coisa muito séria. Sem ela um Povo nunca se orientará. Sem ela a união de um Povo torna-se muito complicado. O Senhor Presidente da República de Cabo Verde não procurou unir. Quem não trabalha, sujeita-se a ver os outros a continuar o estrago. Quando não se estanca a sangria a tempo, ela continua e sempre com mais força, rasgando cada vez mais os tecidos. O Senhor Presidente de Cabo Verde com a sua fraqueza, com a sua falta de caráter político promoveu ainda mais o divisionismo dentro do Arquipélago e fora dele. Deixe também de incentivar as pobres pessoas de Cabo Verde a terem apetites apetecíveis pelo Petróleo da Guiné Equatorial, tal como o Senhor tem. É que o crude nunca chegará aos bolsos do Povo. Como sabe aquele país é governado por párias e ditadores. Compreende-se: a carne é fraca, as tentações são muitas! Tenho dito! Pior emenda que o Soneto!
3 Hipóteses…
Sapatos pendurados
Estereótipos esgotados
Concertadas centradas burguesas
Idolatradas tresmalhadas miudezas
(…)
Uma hipótese:
Somos todos carne para canhão de desígnio maior!
Olhe que não…
Talvez não tenhamos o tempo marcado, pré-definido
Pronto a estoirar no momento exato da partida
De cumprimento feito, atingido o seu enchimento máximo participativo
Outra hipótese:
Uns estoiram de uma só vez, outros vão estoirando aos bocados!
Olhe que não…
Talvez não sejamos bombas-relógio
Talvez sejamos apenas seres vivos
Não tenhamos visto ainda que respiramos oxigénios uns dos outros
Que até partilhamos com as plantas e pedras
Talvez tenhamos esquecido que vivemos da troca dos gases oxigénio mais dióxido carbono e meio ambiente
Depois de oxigenar o sangue cerebral
3ª hipótese:
O oxigénio é tóxico, alucinogénio!
Olhe que sim… talvez quando inspirado em demasia!
4 Cadeiras de café esplanada
A frenética conversa em duo subitamente interrompida; terminada!
Festejos e abraços de outra chegada dupla
A conversa continua surda e muda
Pintalgada pela leitura individual de cada jornal de suas palavras cruzadas
Renascida em esforço pausado de cívico palavreado nas 4 cadeiras…
A Bela e O Belo
I
A Bela amuralhada pelo monstro da beleza fugida é sisuda, empertigada, amedrontada
Ao falatório
Ao andar
Ao piscar de um olhar
II
O Belo idolatrado pela Fada d´alegria fá-lo caloroso
Na sua distância emblemática de bênção ecuménica
E a alegria da Fada regozija-se por acesas mansas brasas de sua bênção peculiar
Raphael d´Andrade,
Amílcar Cabral: o que foi e o que dele faremos; Catarina Laranjeiro, fevereiro de 2014. (Cabral citado por Mendy, 2005:774).
* Minha demarcação pública e publicada da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
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