O SG do MpD é uma ameaça à paz democrática que se quer construir
Colunista

O SG do MpD é uma ameaça à paz democrática que se quer construir

O Movimento para a democracia, pela sua importância na dinâmica política nacional, mobilizou Caboverdianas e Caboverdianos de valor, quer no país quer na diáspora. A estes conterrâneos e militantes da democracia, não permitam que o vosso investimento na Nação para nossos filhos venha a ser assaltado e vandalizado em nome de nada. É preciso guardar esta sementeira dos corvos, da "tchota" como porta de quartel. É preciso mondar "padja runho" para não "npatar" o lugar, como diria o grande Kaká Barbosa.

Ciência política, é um instrumento de gestão , cujo modelo e estudo da disciplina que fórmula e gere a comunicação oral -a oratória- para a ação  de comunicação política, aconselha ponderação, elevação e verdade, entre otros aspetos,  o cuidado para a preservação da imagem organizacional que o orador representa, evitando chocar os costumes - enquanto fonte de direito , associado sempre à tradição e aos valores e à moral, enquanto questionadora da ética.

O Movimento para a Democracia- MpD- neste particular, da agressividade e demonstração de "tudo valer" para demonstrar força, acaba por revelar fraquezas:

1. Aprende pouco com os erros;

2. Está Indisponível à auto-corrigir;

3. Apresenta  incapacidades de superação;

4. Marginaliza seus militantes a ponto sua voz valer tão pouco;

A fraqueza n° 4, está claramente visível na atitude da liderança repiscar Agostinho Lopes, para Secretário Geral - SG, após vários anos de o terem dispensado;

O MpD e seu secretário geral, neste contexto particular, onde surge este momento discursivo contra o presidente do PAICV- que nem sequer é seu homologo- revela não estar em sintonia com a educação, com o fórum académico, com a evolução e expetativas políticas de nossos jovens, com as dinâmicas internacionais e as abordagens dos ODS, neste caso o Objectivo 17;

Agostinho Lopes é um projecto político ultrapassado, que ficou pelo ensino médio, perdendo o compasso e o passo  para encaixar uma política com base científica.

Por isso é que o rabentolismo está de volta e é nesta base é que dizemos que o MpD deveria aprender mais e melhor com seus erros. Os apelidos e nomes feios introduzidos e desparados sobre ex dirigentes Caboverdianos, afetaram muito a nossa forma cordial e tradicional de respeito, como manda a educação Cristã.

Nossa juventude cresceu ouvindo expressões que desacreditam todo um percurso de pessoas e seus familiares que decidiram se entregar ao serviço da nação - dizia, com isto, passamos 3 décadas a trabalhar e cultivar a todos os níveis um ambiente de paz e cultura de diálogo social, para retomar a dignidade de políticos e de mulheres e homens que intervêm nas diferentes esferas sociais desta nossa terra, para que nunca mais venhamos a ser escravos de nossas próprias língua e pensamentos desatentos.

É deveras desolador, passados todo este tempo, vividos tudo o que vivemos, até sofrido tudo o que sofremos: imagino o quão doloroso é, um dirigente depois de fazer tudo por este país, ter que ouvir de um cidadão, vítima de expressões rabentolas - expressão estas criadas em laboratórios de distribuição de caráter - ter que engoli-las a seco, vindas de um menino com idade para ser neto. Claro que se compreende o grau de lavagem e a inocência, mas se acusa uma autoria moral e se reprova tal criação consciente.

Hoje, passados 50 anos de Cabo verde Independente, vencidos desafios mil, já não há espaço para o retorno.

Novos " slogans" não encontram espaço, nossos jovens hoje são criativos e sugerem suas próprias linguagens.

Duas notas finais:

1. Um MpD que retorna a lideranças básicas, para se posicionar em um mundo onde as tendências tecnológicas e a inteligência coletiva representa o capital de maior valor, não está preparado para a concorrência política que Cabo Verde precisa para continuar a preparar-se internamente, reforçar -se colectivamente, amadurecer-se humanamente para se aliar ao mundo e navegar seguro nas dinâmicas do mundo novo e com o homem novo, parafraseando Amilcar Cabral;

2. O Movimento para a democracia, pela sua importância na dinâmica política nacional, mobilizou Caboverdianas e Caboverdianos de valor, quer no país quer na diáspora. A estes conterrâneos e militantes da democracia, não permitam que o vosso investimento na Nação para nossos filhos venha a ser assaltado e vandalizado em nome de nada. É preciso guardar esta sementeira dos corvos, da "tchota" como porta de quartel. É preciso mondar "padja runho" para não "npatar" o lugar, como diria o grande Kaká Barbosa.

Partilhe esta notícia

Comentários

  • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

Comentar

Os comentários publicados são da inteira responsabilidade do utilizador que os escreve. Para garantir um espaço saudável e transparente, é necessário estar identificado.
O Santiago Magazine é de todos, mas cada um deve assumir a responsabilidade pelo que partilha. Dê a sua opinião, mas dê também a cara.
Inicie sessão ou registe-se para comentar.