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Jesus, como o maior filósofo da humanidade
Colunista

Jesus, como o maior filósofo da humanidade

A maior arte de um exímio filósofo, é a sua capacidade de persuasão e o poder de incentivar a vertente reflexiva e analítica. Jesus fazia isso permanentemente, fazia uso do método indutivo, sempre partia do pressuposto do outro e não de si próprio. Orquestrava com maestria esse quadro belíssimo da genuína filosofia. A forma como exponha seus pensamentos, era de tal forma cativante, que até os melhores pensadores da época se surpreendiam, face à sua profundidade discursiva.

O papel da crítica pura, também, ocupou um espaço significativo no laboratório intelectual de Jesus, isto é, não deixava passar nenhuma oportunidade, sem instigar o pensamento crítico.

Enquanto o sistema religioso tende a fechar o espaço racional-critico; o método de Jesus era completamente antagónico. Ele amava a contradição positiva, quase sempre fazia questionamentos profundos aos eruditos da época. O aspecto meta-fisico e a supra-inteligência, emanavam com um sabor especial, nada devia ser simplório, podia ser simples, mas não simplório. Ninguém na história, conseguiu perturbar a mente de pensadores e eruditos, teólogos e filósofos, como Jesus.

Certa vez, chegaram alguns filósofos e disseram, "queremos ver a Jesus", isto porque, a sua fama já corria o mundo helénico daquela época. A forma como Jesus pensava, ultrapassava a dimensão religiosa, deixava quase sempre, com assertividade, que seu pensamento fosse absolutamente livre, nenhuma circunstância o impedia de usar "a crítica da razão pura".

Jesus discursava com liberdade, falava com profundidade e reagia com naturalidade. Ninguém falou com tanta propriedade e profundidade, como Jesus de Nazaré. Sua dialética era tão perspicaz, que até os eruditos e rabinos, diziam: "quem é este que fala com tanta autoridade". Seu discurso era seguido por milhares, aliás, numa das suas abordagens, no deserto com quase cinco mil ouvintes, Jesus conseguia cativar a audiência sem esforço.

A arte do discurso, que, por conseguinte, é um dos atributos mais emblemáticos de um exímio filósofo, Jesus conseguia desempenhar essa façanha com profunda identidade e naturalidade. A arte da dúvida, fazia parte da preocupação de Jesus em relação aos seus discípulos. Ele dizia: "examinai as escrituras, pois elas testificam de mim". Numa outra altura ele disse: "sejam simples como a pomba e prudentes como a serpente".

Sua tónica era a dúvida prudente, com enfoque, numa visão equilibrada e inteligente.  Definitivamente, Jesus foi o inigualável; pensava "fora da caixa", perante um sistema que na época era praticamente proibido. Exercia a profunda liberdade e fazia do seu intelecto um manancial de sabedoria.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine