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Custe o que custar
Colunista

Custe o que custar

Efetivamente, a rapinagem promovida na Câmara Municipal da Praia, durante 12 anos, com as políticas “entreguistas” de Ulisses Correia e Silva/Óscar Santos, lesando o interesse público e enriquecendo a ganância de empresários amigos, chegou ao fim em 2020, daí o custe o que custar para devolver o negócio aos amigos. E isso os praienses já perceberem muito bem!

A receita foi dada há algum tempo e definida uma estratégia clara: Ulisses e o MPD pretendem recuperar a Câmara Municipal da Praia custe o que custar. E, só por si, a expressão tão imperativa levanta o pano sobre o caminho para lá chegar: vale tudo, até atos de delinquência política, de que são exemplos flagrantes os encontros de compra de consciências promovidos por Olavo Correia nas próprias instalações do ministério das Finanças!

O importante, para Ulisses e os seus pares, é devolver a Praia aos que sempre mandaram na cidade e que são um núcleo muito minoritário de pessoas que se julgam bafejadas pela sorte e superiores às demais.

No fundo, para além da simbologia política de se deter a autarquia da capital do país, importa devolver o negócio aos que, inesperadamente, foram apeados do poder em 2020. Isto é, colocando os serviços públicos nas mãos de privados, favorecendo empresas e enchendo os bolsos aos mesmos de sempre que ostentam sinais de riqueza incompatíveis com os seus rendimentos.

O objetivo é claro: devolver o negócio aos amigos!

Toscamente, porque as suas habilidades literárias não chegam para mais, o próprio candidato ventoinha à Câmara da Praia já deu o sinal, deixando claro ao que vêm e para onde vão: “Nos últimos anos, a cidade da Praia tem enfrentado uma tentativa de divisão entre classe sociais, como se o sucesso de uns fosse responsável pelo fracasso de outros”.

Descontando o facto de o próprio reconhecer que existem classes sociais, mas não entendendo (o que é estranho, tratando-se de um sociólogo) que, por si só, representam interesses diferentes (e, por isso, existem enquanto tal), a verdade é que fica exposto claramente o objetivo imperativo do custe o que custar.

Efetivamente, a rapinagem promovida na Câmara Municipal da Praia, durante 12 anos, com as políticas “entreguistas” de Ulisses Correia e Silva/Óscar Santos, lesando o interesse público e enriquecendo a ganância de empresários amigos, chegou ao fim em 2020, daí o custe o que custar para devolver o negócio aos amigos.

E isso os praienses já perceberem muito bem!

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SOBRE O AUTOR

Domingos Cardoso

Editor, jornalista, cronista, colunista de Santiago Magazine

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    Comentários

    • Casimiro Centeio, 4 de Set de 2024

      Com algum exagero, mais de metade dos melhores terrenos do Município da Praia, nos tempos desses "rapinantes" , foi usurpada/roubada para o benefício pessoal e dos micro grupos de amiguinhos. É por esta razão que querem " custe o que custar" neocolonizar o Município da Praia !