Senhor Primeiro Ministro, Excelência
- A ilha de Santiago foi exposta a COVID e continua a ser quase a única a receber de toda a parte, casos que chegam sem testes e medidas prévias de prevenção;
- Há vinte e cinco vítimas mortais de COVID, residentes de C. Verde e, destes, dezanove são residentes em Santiago!
- Uma vez contingentados na ilha, todos fazem com que Santiago fique com todos os infetados e/ou infetáveis, sendo das poucas donde cidadãos, residentes ou não, em circulação inter-ilhas e para fora das ilhas, são obrigados a teste pago pelos mesmos (a Ilha de Madeira, paga testes para aqueles que querem viajar para aí)!
- Após suspensão do estado de emergência, a ilha é das poucas que mais severamente tem sido submetido às medidas, muitas vezes pouco proporcionais ou pouco sensíveis a espaços municipais com quase nula situação de contágio/contaminação. Não se acarinham reivindicações para suavizar situações como se aplica a muitos outros;
- Particularmente, queixa-se da demora excessiva, em se abrir, de forma controlada e em geral, as praias de mar de Santiago, particularmente nos municípios com quase nula situação de pandemia! E agrava-se a situação, o facto de a capitania/IMP em Santiago, ser perfeitamente competente, goza de mais proximidade e quiçá mais sensível, para realizar esse empenho e não lhe é permitido fazer, concedendo essa prerrogativa á Capitania de Portos de Barlavento!
- A situação de relativo agravamento de casos de infeção Covid em Santiago/Praia, tem sido usado para restrições desproporcionais nas áreas de economia informal, comercio, restauração, transportes e desporto, particularmente em municípios que não têm nada a ver com essa situação mais gravosa da Praia;
- As situações acima agravam as condições de sobrevivência de inúmeros residentes qualificáveis para assistência financeira e alimentar, que ou não receberam nada para o conseguir ou receberam meios sumamente insuficientes para angariar meios de subsistência no quadro de todo o período de Covid cujo fim de crise não se vislumbra!
- Agravando ainda mais a situação de crise da Covid, falta água, de forma sistemática nos últimos meses em todos os bairros da capital, em S. Domingos…
- Para Santiago, Covid e discursos demagogos (em boa parte das vezes) sobre assimetrias regionais (nós cá, sabemos muito bem o que é essa realidade na cintura da Praia e nos municípios rurais de Santiago norte e sul com os priores indicadores de desenvolvimento do país) tem sido reiteradamente usados para bloquear projetos estruturantes há décadas esperados em Santiago nos domínios do mar, agua/energia, saneamento, hotéis/turismo, indústria, habitação social e ordenamento do território. Não há para nós retoma de projetos básicos de desenvolvimento, quando projetos de luxo, desnecessários e não prioritários são promovidos, viabilizados e exibidos para outros!
- As plataformas com epicentros aqui não são planeadas, acarinhadas e promovidas e implementadas como se faz com a aérea e a do mar, para implementação, como sejam as do agro-negócio, praça financeira, do hub tecnológico ( esta, pelo menos, julgo estar a seguir seu caminho); a esse bloqueio adicionamos o do Aeroporto Internacional da Praia, Centro de Convenções, Centro de Formação Marítima e Parque Industrial tidos como urgentemente indispensáveis para evitar o colapso do crescimento e da criação de emprego nalguns municípios de Santiago com a pior taxa a respeito do país.
- Faltam medidas mais assertivas, extras para combater a pandemia que se «deixou» instalar e fixar na Praia.
Rogo, por conseguinte, ao Senhor Primeiro Ministro que:
- Se abra de imediato, para uso controlado, as praias de mar da ilha como forma de melhorar o estado de saúde do povo de Santiago e não ao contrario; Boa parte de programas terapêuticas de saúde, se realiza no mar, em CVerde e em Santiago!
- Se obrigue a todos que, das outras ilhas, vêm a Santiago, realizem teste de forma a não continuar a ser a ilha com mais casos e com mais deficiências agravadas de medidas de prevenção para o combate ao Covid;
- Não se onere custos (que seja grátis) de testes para embarque de viajantes inter-ilhas incluindo de Santiago;
- Se reforçe medidas de combate ao Covid em Santiago, implementando o hospital de campanha para 2500 doentes; Formação extra de técnicos de cuidados intensivos e demais pessoal-equipes envolvidos no tratamento do Covid; distribuição grátis de máscaras comunitárias para os residentes sem rendimentos e a custos subsidiados aos com rendimentos e higienização das cidades/bairros, usando os meios colocados para o combate ao Covid pelos nossos parceiros;
- Se desbloqueie e se promova para Santiago também, a concretização dos investimentos hoteleiros/turísticos anunciados e/ou iniciados (exigimos representante, também dedicado á ilha, no CV Trade Invest), plataformas com epicentros em Santiago, projetos sanitários, aeroportuário, água, indústria, energia, habitação social, aeroportuário e escola do mar para sotavento como forma de, também em Santiago, se retomar a economia e evitar o eminente colapso de crescimento e criação de emprego nesta parte sul do território nacional;
- Se inicie um processo de implementação do programa tendente a criação de condições para melhoria do exercício de capitalidade da cidade da Praia que, contando já com amparo constitucional de principio, não precisa necessariamente de regulamento para, como dever normal de governação do país e da capital, dotar esta de condições financeiras, infraestruturais e organizacionais para o seu normal funcionamento e desenvolvimento;
- Dentre as reformas institucionais há décadas em curso, que se apresse com a do mar (porto, administração marítima e das pescas) acelerando a absoluta autonomização/descentralização para que se ponha basta a situações de ausências de competências, atribuições e prontidão de serviços indispensáveis ao funcionamento e apoio a esse setor em Santiago que é um dos mais possantes dentre as ilhas da C. Verde! Há que acelerar e melhorar a qualidade de decisões indispensáveis ao rápido desenvolvimento do setor em Santiago!
- Se promova o abastecimento regular da agua, designadamente na cidade da Praia, S. Domingos, que há meses nos bairros da capital tem falhado sem quaisquer informações/«satisfação» aos clientes;
Ciente da importância, justeza e urgência do proposto, e do atendimento que as propostas merecerão da Sua parte,
Reitero a mais elevada consideração,
* Presidente da Pró-Praia
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