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Álcool, festa e matança!
Colunista

Álcool, festa e matança!

O Governo liderado por José Ulisses Correia é o sinônimo do Estado falhado que é Cabo Verde em termos da segurança pública, a promessa da campanha de policiamento de proximidade acontece ocasionalmente, quando devia ser uma prática diária com os agentes da polícia a trabalharem no terreno, no entanto, sob as ordens do Primeiro-ministro, estão todos deitados nos quartéis à espera das chamadas telefónicas aflitas dos cidadãos; Ou seja, uma polícia reativa, que aparece depois de o cidadão ser executado dentro da própria casa, ou que aparece depois da mão do cidadão ficar no chão cortado pelo ataque à catanada por um outro cidadão, ou, mais grave ainda, conforme o vídeo que circula nas redes sociais em que o cidadão jovem é executado com várias facadas por um grupo de delinquentes! Este é o governo de um país em que o Estado foi morto e sepultado por José Ulisses Correia!

1.      Cabo Verde, o país das festas e das romarias, regabofe com cervejas, vinho e aguardente é o norte estratégico da vida implantada pelo poder, é o “cumi&bebi, está tudo pago” em troca de um futuro inexistente, um futuro capturado pelo capitalismo selvagem, amparado na lógica utilitarista, é a democracia da vaga dos anos noventa, numa terra onde o homem nunca foi e nem está preparado para viver a própria democracia!

2.      A igreja e o Estado misturaram-se, este esqueceu-se do bem comum, a segurança do cidadão, aquela está sequestrada por interesses avessos à pureza da alma. Estas duas instituições, de mãos dadas, incrementam o álcool, as festas e a matança!

3.      O acontecimento do dia 8 de dezembro de 2022 - dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição – em Flamengo, Calheta, São Miguel, justifica cabalmente o título deste artigo e sinaliza a morte bárbara e cruel do jovem, TUTU.

4.      As sete facadas desferidas no corpo deste jovem sujaram de sangue a Nossa Senhora Imaculada Conceição e a própria igreja deve repensar as festividades e romarias de santo, ficando também marcada a morte do Estado de Cabo Verde. Sim, o Estado de Cabo Verde está morto!   

5.      O nível da violência prevalecente no nosso país leva-me a pensar o antes e depois da implementação do regime democrático em Cabo Verde, o antes com dois ou menos homicídios por ano fruto normalmente da disputa de terra ou casos passionais; o depois da democracia o incremento da violência chegando a sessenta homicídios num só ano nesta pequena terra;

6.      Pois, trouxeram a democracia a Cabo Verde, mas nunca ensinaram o povo a entender e a viver a democracia, pelo contrário aproveitaram da democracia para introduzirem a ganância e a corrupção, as empresas públicas com ampla externalidade positiva em termos sociais foram transformadas em empresas privadas que empobreceram o povo e ampliaram as desigualdades sociais, o combustível da violência urbana que hoje eles fazem tudo para não ser divulgada nos órgãos da comunicação social e nem nas agências de estatísticas por eles controladas!

7.      O vídeo que anda a circular nas redes sociais sobre a execução cruel e barbara à facada do jovem, TUTU, no dia 8 deste mês, em Flamengos – Calheta São Miguel, pelo nível da crueldade imprimida neste assassinato, leva-me a crer e a dar o grito de Ipiranga, outorgando viva a qualquer país onde reina a ordem pública, a segurança interna dos seus cidadãos, não me interessa a forma como o Estado está organizado, se é uma democracia ou ditadura, não me interessa, o que me interessa é a ordem e a segurança pública do cidadão, pois do que vale viver num país supostamente democrático como Cabo Verde, onde a death penality, a execução sumaria, a matança cruel e barbara do cidadão ocorre quase que diariamente, perante a omissão do Estado;

8.      Por isso, dou viva a Vladimir Putin da Rússia, dou viva a Kim Jong-un da Coreia do Norte, pois nestes países a segurança interna, a segurança do cidadão é um quesito prioritário para o Estado, não tirarei o chapéu a nenhuma autoridade cabo-verdiana, nem darei viva a qualquer representação diplomática estrangeira em Cabo Verde, pois Cabo Verde é um país sem Estado, é uma nação órfã do Estado, o Estado morreu e em Cabo Verde vivemos enganados pela propaganda internacional de que a democracia é uma realidade triunfante no nosso país (ir a votos de cinco em cinco anos com votos comprados e com toda a estrutura do estado usada a favor de um grupo partidário, como se a democracia resumisse ao voto popular, quando há mais quesitos que caracterizam uma democracia e que não são minimamente cumpridos pelo Estado de Cabo Verde).

9.      O Presidente da República é uma entidade sem força, é apenas uma fantasia de poder, constitucionalmente nada pode fazer para impor a ordem pública perdida a favor de grupos de delinquentes, a não ser que José Maria Neves retome as reuniões com os líderes dos delinquentes, um erro de palmatória dado no tempo em que era Primeiro-ministro.

10.  O Governo liderado por José Ulisses Correia é o sinônimo do Estado falhado que é Cabo Verde em termos da segurança pública, a promessa da campanha de policiamento de proximidade acontece ocasionalmente, quando devia ser uma prática diária com os agentes da polícia a trabalharem no terreno, no entanto, sob as ordens do Primeiro-ministro, estão todos deitados nos quartéis à espera das chamadas telefónicas aflitas dos cidadãos;

11.  Ou seja, uma polícia reativa, que aparece depois de o cidadão ser executado dentro da própria casa, ou que aparece depois da mão do cidadão ficar no chão cortado pelo ataque à catanada por um outro cidadão, ou, mais grave ainda, conforme o vídeo que circula nas redes sociais em que o cidadão jovem é executado com várias facadas por um grupo de delinquentes! Este é o governo de um país em que o Estado foi morto e sepultado por José Ulisses Correia!

12.  Os deputados na Assembleia Nacional parecem mais um círculo de idiotas do que representantes do povo, uma maioria que defende a sua permanência na lista de candidatura às próximas eleições, visto que podem perder o lugar na lista de candidatura se na verdade defenderem os interesses para os quais foram eleitos, pois defender que o país está seguro, quem defende isso ou é um idiota ou, então, quer tratar o povo de idiota! Orlando Dias corre o risco de não constar da lista de candidatura nas próximas eleições legislativas!

13.  Dos Tribunais nem falaremos, os prazos, o tempo dos processos, as suspeições levantadas a volta de certos agentes da justiça é mais um certificado de óbito do Estado de Cabo Verde!

14.  Enfim, o Estado de Cabo Verde foi morto por este governo e qualquer um de nós pode ser a próxima vítima desta avalanche de desordem pública, desta delinquência e violência urbana!

Um abraço a todos e que Deus nos proteja no próximo ano de 2023, conte apenas com ajuda divina, pois que o Estado de Cabo Verde está morto!

Praia, 20 de dezembro de 2022

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