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A solidariedade não é oportunismo e nem assistencialismo
Colunista

A solidariedade não é oportunismo e nem assistencialismo

A maior escravatura, é a falta de conhecimento que provoca transformação autêntica. Conhecimento que não provoca grandes mudanças não representa efeitos e sim objeto digno da nossa profunda reflexão. Qualquer sociedade evoluída, não aceita migalhas e sim alcance de sonhos, grandes projetos para o futuro e visão. Contentar com ações oportunistas e assistencialistas, é matar sonhos e suicidar o nosso próprio percurso de superação e vitórias.

Reconhecemos que a "solidariedade pura" é um exercício imprescindível para o bem-estar individual e social. A vida sem a solidariedade genuína seria vazia e viveríamos como seres individualistas. Está claro, que não podemos confundir a autêntica solidariedade com oportunismo. Aliás, se a nossa intenção em camuflar a solidariedade como uma ação oportunista, invertemos a realidade. O primeiro, que representa o egoísmo e interesses ignóbeis e outra que representa valor e princípio. A solidariedade não pode ser um meio termo, deve abarcar a verdadeira essência que todo o ser humano deve almejar.

Fortalece o espírito de unidade e cria um senso de pertença. Temos que salientar, a solidariedade não pode ser sinónimo de assistencialismo também. Assistencialismo é a arte de tornar as pessoas reféns de migalhas, e jamais uma ação que traga mudanças e transformações. Causa mais dependência do que independência. Nas sociedades menos evoluídas economicamente, e onde as políticas servem para os políticos, a falsa solidariedade e o assistencialismo representam, ações corriqueiras e sistemáticas. Com isso, acumulamos pobrezas, com enfoque numa acentuada desigualdade, gerando assim, uma sociedade marginalidade, e com reflexos danosos para todas as camadas e extratos sociais. Todas as grandes sociedades sabem que ninguém merece menos do que ela é. O ser humano não pode ser objeto de exploração de ninguém. A educação para a cidadania, a cultura do saber pensar e fazer, o poder da reflexão filosófica, devem compor a plataforma de uma sociedade onde todos estão e estarão preparados para serem construtores de histórias e não meramente coadjuvantes. Indivíduos que saber ser e estar.

A maior escravatura, é a falta de conhecimento que provoca transformação autêntica. Conhecimento que não provoca grandes mudanças não representa efeitos e sim objeto digno da nossa profunda reflexão. Qualquer sociedade evoluída, não aceita migalhas e sim alcance de sonhos, grandes projetos para o futuro e visão. Contentar com ações oportunistas e  assistencialistas, é matar sonhos e suicidar o nosso próprio percurso de superação e vitórias.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine