O Sindicato Nacional dos Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pesca (SINTSEL) decretou uma greve de 72 horas nas empresas de Segurança Privada, por não cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho e a respetiva grelha salarial dos vigilantes em vigor desde 1 de Maio deste ano.
“Estamos aqui para demonstrar o nosso descontentamento perante uma situação que vem prejudicando gravemente os vigilantes no sector de segurança privada”, disse em conferência de imprensa na cidade da Praia o presidente do SINTSEL, Manuel Barros, para quem “o Governo é o maior culpado” por não estar a fazer que as instituições de fiscalização, nomeadamente a Direcção Geral do Trabalho e o Ministério da Administração interna funcionem para fazer com que as empresas cumpras os mecanismos criados pelo próprio Governo.
Manuel Barros queixou que cada um tem feito o que bem entende, afirmando haver uma contradição quando uma empresa mostra que no sector público esse mecanismo serve, mas não serve para o privado.
Segundo Manuel Barras, na segunda-feira, 12, houve um encontro de conciliação entre o sindicato e as empresas, mas que não se chegou a um entendimento “porque as empresas não levaram algo que dê satisfação aos vigilantes”.
“Já estavam preparados para a greve. Levaram uma lista com nome dos vigilantes para o serviço mínimo. Quando é assim não se chega a um entendimento porque não há vontade”, sublinhou.
Manuel Barros, disse que sendo o (SINTSEL ainda um sindicato recente não tem sócios em todas as ilhas, apenas em Santiago e Boa Vista, mas que, mesmo assim, pedem aos vigilantes nas outras ilhas que se solidarizem com eles nesta greve.
Esta greve nas empresas de Segurança Privada terá início às 8 horas do dia 14 de Julho, amanhã, quarta-feira, e temos às 8 horas do dia 17 do mesmo mês.
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