O Sindicato Democrático dos Professores (SINDPROF) afirmou que o debate parlamentar sobre o sector da educação ficou nos mesmo discursos e promessas, enquanto que os professores continuam a viver com “salários míseros”.
“Mais uma vez assistimos o mesmo discurso do Sr. Ministro que parece, ao nosso ver, de alguém que não conhece a realidade do nosso país. Aliás, não se conhece a situação que muitos professores se encontram a viver”, escreveu o SINDPROF na sua página oficial no Facebook.
Segundo este sindicato, as pendências são, sim, dívidas, assim como se auscultou na casa parlamentar, mas, completou, são dívidas que precisam ser resolvidas de uma vez por todas o mais urgente.
“E quando falamos de pendências, não podemos pensar só nas reclassificações. Temos ainda, as promoções, as progressões, os subsídios por não redução de carga horária, a reposição dos direitos daqueles professores que foram para a reforma sem usufruírem dos seus direitos adquiridos ao longo da carreira, as transições, etc.”, acrescentou.
Na mesma publicação o SINDPROF perguntou ao ministro da educação como continuar a resolver as pendências que afetam os professores, se a proposta do orçamento de Estado para o presente ano económico numa área como a educação registou-se, comparativamente ao anterior orçamento, aumento na ordem de 1% numa área vital como é a educação.
“Estamos perplexos com certos discursos”, pontuou.
“Outrossim, a alteração do Estatuto da Carreira Docente, dos Inspetores da Educação, bem como um estatuto próprio do pré-escolar, são, igualmente, uma urgente necessidade.
O SINDPROF anda no terreno todos os dias e, portanto, quando ouvimos certos discursos no parlamento, ficamos sem entender se é de Cabo Verde que se está a falar”, continuou.
Na verdade, escreveu, muitas escolas, sobretudo no mundo rural, continuam sem casas de banho e outras em péssimas condições.
Ainda na mesma publicação, o SINDPROF afirmou que visitar escolas é ir, sobretudo, aos mais distantes e mais pobres e ver “in loco” as reais condições que os professores e os alunos passam no dia-a-dia.
“A educação deveria ser, sim, motivo de união de todos os Cabo-verdianos, assim como disse o Sr. Ministro. Mas, primeiramente precisamos de professores motivados. E professores motivados são professores sem pendências por resolver e professores com bons salários e com ótimas condições de trabalho”, lê-se.
“Destarte, esperávamos que o “bolo” do orçamento de Estado para o setor da educação fosse maior. Sendo assim, qualquer discurso, sobretudo aqueles que já estamos acostumados, não nos enganam em NADA!”, completou.
Concluindo o SINDPROF avisou que não vai parar a sua luta e que continuará firme e motivado em lutar pelos direitos dos professores.
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