A Associação dos proprietários de táxi da Praia lamentou hoje em conferência de imprensa a não aprovação do projecto “Rádio Táxi” por Samilo Moreira e pelos vereadores do MpD.
Na mesma conferencia de imprensa, lamentou-se também a não aprovação de concurso de licença de táxi para os profissionais com mais de 20 anos de serviço.
O presidente dos proprietários de táxi, Carlos Semedo, considerou que a não aprovação desses dois instrumentos, que considera ser “de grande importância para a classe dos taxistas” na última reunião ordinária da Câmara Municipal da Praia (CMP) representa um jogo de poder que só prejudica a classe dos taxistas.
“Para o nosso espanto, vimos na página da CMP, nas redes sociais, que a nossa proposta para o financiamento da Rádio Táxi, não foi aprovada. Facto que lamentamos muito, pensamos que deve haver um consenso neste sentido”, disse.
Segundo este representante, quem sai a perder neste caso não é o presidente da CMP e nem os vereadores da CMP, mas sim a classe dos taxistas, a cidade e Cabo Verde em geral.
“Pedimos uma reflexão no sentido de resolver essa questão. Precisamos de mais segurança para a nossa classe”, disse o presidente dos proprietários de táxi, completando que ultimamente têm acontecido muitos assaltos, e a plataforma de rádio-taxi ofereceria um conjunto de requisitos benéficos para o sector.
Na mesma conferência de imprensa o representante dos taxistas da Praia, Adriano Monteiro, considerou que a questão da licença para os profissionais com mais de 20 anos de serviço, "deve ser vista com coração”, já que são profissionais que "muito têm contribuído" para a sociedade.
“É lamentável ver taxistas que trabalharam muitos anos e não tiveram acesso ao INPS, e hoje se encontram numa situação complicada. Por isso lamentamos a não aprovação do concurso de licença de táxi. Esperamos que os vereadores cheguem a um consenso, trabalhem com coração para ajudar os taxistas, o município e a própria população”, suplicou.
Na última reunião da câmara, os vereadores do MpD e Samilo Moreira (do PAICV), votaram contra o planeamento urbano da cidade, a segurança urbana e as atividades económicas de transporte urbano quando chumbaram a proposta do Plano Detalhado de Simão Ribeiro e Alto da Glória.
Estes também chumbaram a proposta de autorização para a colocação de dispositivos de localização nos táxis, bem como a proposta de autorização para abertura de concurso para licenciamento de novos operadores de táxis na cidade.
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