A Polícia Nacional (PN) realizou quase 17 mil diligências entre janeiro e setembro, esclareceu dois terços do total, e fez mais de 75 mil apreensões, das quais 545 armas de fogo, segundo fonte oficial.
Os dados foram avançados, na cidade da Praia, pelo diretor nacional da Polícia Nacional, Emanuel Estaline Moreno, indicando que entre janeiro e setembro deste ano aquela força policial esclareceu 66,8% das 16.758 ocorrências registadas a nível nacional.
Na sessão solene de comemoração do 152.º aniversário da criação do Corpo de Polícia de Cabo Verde, hoje Polícia Nacional, o mesmo responsável revelou que foram realizadas 151.100 operações, incluindo ações de fiscalização diversas e intervenções policiais no geral, mais 23% em comparação com o período homólogo.
No período em análise, a polícia cabo-verdiana efetuou ainda 2.801 detenções, mais 9% em relação ao ano passado, e 75.591 apreensões, entre elas 545 armas de fogo, 4.709 munições e 2.899 armas brancas.
Ainda durante a cerimónia, foi revelado que de 2018 a 2022 foram apreendidas 14 mil munições por parte da Secção Fiscal da Praia, uma das instituições e agentes policiais que receberam louvores, foram condecorados e homenageados pelo Governo.
Emanuel Moreno avançou ainda que em nove meses deste ano aquela força policial fiscalizou 115.793 condutores, numa média diária de 317 operações de fiscalizações rodoviárias realizadas em todo o território nacional.
No total, foram levantados 7.853 autos de contraordenação e 151 condutores foram detidos, cujos autos foram remetidos ao Ministério Público por estarem a conduzir com excesso de álcool no sangue.
Para o responsável máximo da Polícia Nacional de Cabo Verde, estes dados demonstraram que muito tem sido feito, mas considerou que ainda falta fazer muito mais para melhorar o sentimento de segurança e devolver a tranquilidade aos cidadãos.
“Assim, não podemos e nem devemos estar satisfeitos com esses resultados, pois, na atual conjuntura, a tendência é para o aumento dos registos de ocorrências pelo facto de após o fim do confinamento pandémico, à semelhança do que vem acontecendo um pouco por todo o mundo, assiste-se ao aumento de casos de violência com recurso ao uso de arma de fogo armas brancas”, constatou.
Durante a cerimónia, presidida pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e com presença do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, o diretor da PN aproveitou para frisar que aquela instituição ainda conta com “enormes desafios”, mas continua confiante.
Entre os desafios, apontou, entre outros, o aumento dos meios financeiros, modernização das instalações e construção de novos edifícios de raiz, continuar com o alargamento do circuito de videovigilância e a investir nos sistemas de apoio à decisão, bem como consolidar a modernização os sistemas de modernização das fronteiras aéreas e marítimas e as infraestruturas os sistemas fiscais e aduaneiras.
“Sem descurar outros setores de interesse para a PN”, afirmou Moreno, referindo ainda a retoma e continuação das promoções e progressos na instituição e atualização do parque automóvel.
Apesar das dificuldades e das crises que o país está a atravessar, o diretor disse que continua expectante em “melhores dias” para a classe, mobilizando mais meios para que a PN possa continuar a estar bem equipada, modernizada e a cumprir com a sua missão.
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