O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, reconheceu hoje a existência da problemática das armas artesanais em Cabo Verde, destacando que a Polícia Nacional, o Ministério Público e outras instituições de combate têm estado “muito ativas” no combate a este fenómeno.
“Sabemos que o desafio é grande, há muito por fazer, mas o importante é também deixar aqui uma mensagem clara de que se está a afazer muitas apreensões. Nós vimos na apresentação que se fez ali dento que a prisão preventiva tem estado a ser decretada particularmente nesses casos de armas mais pesadas”, disse.
Paulo Rocha fez estas declarações à imprensa durante o acto de destruição de 1000 armas (de fogo e branca) apreendidas na Cidade da Praia pelo Comando Regional de Santiago Sul e Maio entre janeiro de 2021 e junho de 2022.
O ministro da Administração Interna afirmou ainda que com a proposta de alteração do regime jurídico de armas e monições serão feitas alterações pontuais que irão penalizar, ainda de uma “forma mais pesada” esta problemática das armas de fogo, mas também das armas ligeiras, uma vez que também há muito uso não justificado.
“Outras alterações têm que ver com uma penalização mais forte da posse de arma, designadamente as de fabrico artesanal (“boca bedju”), garantir que esta prática seja efetivamente desencorajada”, acrescentou.
Conforme Paulo Rocha, as autoridades conhecem a violência que decorre, tendo ainda constatado que há muita criatividade, pelo que querem desencorajar esta conduta.
“O mesmo se diz em relação também a importação particularmente das munições. Felizmente que temos um sistema de controle bastante forte nas nossas fronteiras aéreas e marítimas, mas vamos, de tempos em tempos, fazendo apreensões, particularmente nos portos”, disse.
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