Missão Humanitária #FreeAlexSaab dá entrada com quatro pedidos de habeas corpus a favor de Alex Saab
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Missão Humanitária #FreeAlexSaab dá entrada com quatro pedidos de habeas corpus a favor de Alex Saab

A missão humanitária composta pelo Bispo cabo-verdiano Dom Felipe Teixeira, pelo político cabo-verdiano Péricles Tavares, por Sara Flounders do International Action Center e Roger Harris da Task Force nas Américas deu esta segunda-feira, 06 de Junho, com quatro pedido de habeas corpus a favor de Alex Saab. A informação foi avançada ao Santiago Magazine por uma fonte judicial.

“Cada pedido foi feito por um cidadão diferente. Mas todos têm o jurista Geraldo Almeida como advogado”, confidenciou o informante sem, no entanto, precisar se os pedidos foram feitos nos nomes dos integrantes da Missão Humanitária #FreeAlexSaab, que chegou a Cabo Verde no passado dia 03 de Junho.

No seu primeiro dia completo em Cabo Verde, a delegação de emergência do Comitê Internacional de Solidariedade #FreeAlexSaab reuniu-se na ilha do Sal com o advogado de Saab e o embaixador venezuelano, tentou encontrar-se com o comandante da polícia local e viu em primeira mão o local onde Alex Saab encontra-se em prisão domiciliar. A equipa não conseguiu ver o diplomata venezuelano, porque foi barrada por agentes do Corpo de Intervenção da Polícia Nacional.

Alex Saab, 49 anos, considerado pelos Estados Unidos como um testa-de-ferro de Nicolás Maduro, foi detido em Junho de 2020 pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América (EUA), quando regressava de uma viagem ao Irão em representação da Venezuela.

Neste momento Alex Saab encontra-se em prisão domiciliária.

O Tribunal da Relação do Barlavento já decidiu por duas vezes – a última das quais em janeiro, ambas com recurso da defesa – pela extradição de Alex Saab para os Estados Unidos (EUA).

Mas a detenção foi classificada pelo Governo da Venezuela como “arbitrária” e uma “violação do direito e das normas internacionais”, tal como as “acções de agressão e cerco contra o povo venezuelano, empreendidas pelo Governo dos Estados Unidos da América”.

Saab era procurado pelas autoridades norte-americanas há vários anos, suspeito de acumular numerosos contratos, de origem considerada ilegal, com o Governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Em 2019, procuradores federais em Miami (EUA) indiciaram Alex Saab e um seu sócio, por acusações de operações de lavagem de dinheiro, relacionadas com um suposto esquema de suborno para desenvolver moradias de baixa renda para o Governo venezuelano, que nunca foram construídas.

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