Sociedade

Os manifestantes, que não chegaram a uma centena pretendiam parar à frente do Palácio de Governo, mas foram “barrados” por viaturas da Polícia Nacional, pelo que tiveram que se acantonarem-se à frente do Centro do Estágio da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF).

Em declarações à Inforpress, Patrícia Martins, membro do grupo de promotores, disse que foram impedidos pela PN com a explicação de que as manifestações não podem parar à frente do Palácio do Governo.

Esta manifestação está a ser organizada em decorrência da morte do jovem Djonny, no passado dia 01, segundo a organização, veio mais uma vez “colocar a nu” os problemas da ilha, principalmente a nível das condições de saúde e de transporte.

“Depois de percorrer toda a avenida Cidade Lisboa, tivemos que dar a volta e ficar no Centro de Estágio”, precisou Patrícia Martins, acrescentando que foram “bloqueados” por quatro viaturas da PN.

“Nós conhecemos a lei que diz que qualquer manifestação tem de ficar cem metros longe dos edifícios públicos, mas nem isso nos deixaram fazer”, ajuntou a manifestante, considerando que este facto demonstra que a democracia não existe em Cabo Verde”.

No entanto, face ao ocorrido, os promotores da manifestação apelam a todos os emigrantes bravenses, “principalmente no Estados Unidos da América (EUA) a “bloquearem” todos os potenciais investimentos para Cabo Verde, “de modo a que a Ilha Brava passe a ser respeitada pelos governantes cabo-verdianos”.

“Já temos feedback positivo dos emigrantes que vai nos ajudar nessa questão” garantiu.

Afora isto, Patrícia Martins avançou que vão continuar a “chamar atenção” e que já estão a preparar comunicados para a Organização Mundial de Saúde e para os Direitos Humanos e outras diligências legais.

A mesma manifestação já foi realizada nos Estados Unidos da América, no dia 14 de Agosto, onde há uma grande comunidade bravense e esta quarta-feira, 17, acontece na ilha Brava.

Nesta ilha a intenção é percorrer as ruas de Nova Sintra, com paragem à frente da Câmara Municipal da Brava e da Delegacia de Saúde, para demonstrar o “descontentamento” para com a situação vivida na ilha.

No mês de Março de 2019 já tinha sido realizada uma manifestação semelhante, também reivindicando melhores condições de saúde e transporte, na altura a vítima tinha sido uma parturiente.