Carlos Fortes Lopes, escritor salense, activista, fundador do Partido Democrático e de Reconstrução Nacional e colunista de Santiago Magazine, morreu esta sexta-feira, 17, nos EUA, vítima de coronavírus.
Lopes, que nos diversos órgãos de comunicação social do país dava “Voz ao Povo Sofredor”, através da sua cáustica e destemida pena, viajara para os EUA em tratamento a um grave problema cardiovascular, tendo sido submetido a intervenção cirúrgica de transplante do coração, que posteriormente lhe haveria de causar a perda das duas pernas.
Enquanto se recuperava da enfermidade, acabou por contrair o coronavírus, que, aproveitando da sua debilidade física e baixa imunidade, o conduziu à morte nesta sexta-feira, 17, segundo relatam pessoas da sua relação e reportadas pelo MindelInsite.
Vale referir que mesmo em estado de convalescença, este activo defensor das liberdades e grande lutador contra a corrupção em Cabo Verde, nunca parou de escrever. Os seus textos estão publicados amiúde pela imprensa cabo-verdiana, com destaque para Santiago Magazine onde era colaborador assíduo e colunista fixo.
Salvador Mascarenhas, fundador do movimento Sokols e seu amigo, lamentou o seu desaparecimento físico com uma frase lapidar: “Carlos Fortes Lopes, hoje estarás em Valahala, onde repousam os heróis. RIP meu mais valoroso companheiro de luta”, escreveu ele no facebook.
Ao MindelInsite, Mascarenhas disse que “nunca na vida conheceu um homem tão corajoso e resiliente, que chamava as coisas pelo nome, sem receio de nenhuma represália”. E recordou o facto de Carlos Lopes ter sido das primeiras pessoas “a invadir a estrada de S. Pedro quando elementos do Sokols decidiram bloquear a entrada na cidade do Mindelo de uma comitiva governamental liderada pelo Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva”, nota o MindelInsite.
Santiago Magazine rende homenagem à pessoa de Carlos Lopes, MBA em Gestão, activista, e político (fundou em 2015, o Partido Democrático de Reconstrução Nacional, por entender que os dois partidos da esfera do poder em cabo verde não estavam a cumprir com as suas obrigações para com o povo das ilhas), endereçando à família enlutada na ilha do Sal e aos seus amigos e companheiros de luta por todo o Cabo Verde, as mais sentidas e respeitosas condolências.
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