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Coronavírus. PP acusa PM de ser irresponsável por garantir que o país está preparado para receber estudantes
Sociedade

Coronavírus. PP acusa PM de ser irresponsável por garantir que o país está preparado para receber estudantes

O Partido Popular (PP) acusou este domingo, 2 de fevereiro, o primeiro-ministro de “irresponsabilidade” por garantir que o HAN está preparado para receber estudantes que chegam da China, face à propagação do Coronavírus, que já matou 304 e infectou 14.000 pessoas naquele país.

A acusação foi feita pelo secretário-geral do Partido Popular, Juvinal Lopes Furtado, no final da habitual reunião quinzenal do partido, onde estiveram sobre a mesa temas relacionados com a lei que define e estabelece os crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos, mudanças climáticas e à propagação do coronavírus.

Para Juvinal Furtado, a resposta do primeiro-ministro é de “grande irresponsabilidade”, uma vez que todos os cabo-verdianos sabem realmente que o Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, não tem condições para lidar com este tipo de situação

“É uma grande irresponsabilidade referir-se apenas ao HAN, não explicou se tem uma zona de quarentena, não houve nenhuma decisão de impedir a entrada e saída de pessoas provenientes de China, que no entender do PP era a medida que deveria ser tomada provisoriamente”, referiu.

Juvinal Lopes Furtado disse que neste momento alguns estudantes cabo-verdianos que estavam na China já se encontram no país, mas não sabem se foram tomadas medidas adequadas e se existe um centro de quarentena.

Por outro lado, para o PP, a lei que define e estabelece os crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos traz muitas falhas, por não responsabilizar criminalmente os dirigentes políticos.

“Essa lei foi copiada na lei de Portugal, mas no artigo em que responsabiliza criminalmente abrange apenas funcionários públicos, e o artigo 362 do Código Penal enumera que os funcionários públicos são juízes, trabalhadores das câmaras, órgãos de função pública e central e excluí os políticos”, referiu.

No seu ponto de vista, essa lei deve ser alterada para que os políticos possam ser responsabilizados.

Em relação às mudanças climáticas, defendeu que é um tema que o Governo deve dar uma maior atenção, tendo em conta que é um problema de natureza internacional e que Cabo Verde tem sofrido com a falta da chuva.

“É preciso encontrar outras formas para resolver o problema de escassez de água para irrigação e outras actividades e neste momento as barragens já são suficiente”, reconheceu o secretário-geral que disse que o Governo deve apostar na dessalinização da água do mar.

Por outro lado, acusou ainda os políticos e entidades camarárias municipais de não respeitarem e violarem as leis que protege os recursos os hídricos já que têm permitido a construção de infra-estruturas nas áreas não permitidas.

Com Inforpress

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Redação