Cairam as primeiras chuvas em Cabo Verde, que neste momento está sob influência de um sistema de baixa pressão, prevendo-se a ocorrência de precipitação de intensidade variável, conforme comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (IMNG), divulgado hoje.
“O arquipélago de Cabo Verde encontra-se sob a influência de um sistema de baixa pressão, situado a 120 milhas ao Sul da Ilha de Santiago, movendo-se em direção a Norte/Noroeste das ilhas de Cabo Verde”, adiantou o instituto, em comunicado.
Nas próximas 48 horas, o INMG prevê precipitação de intensidade variável e agravamento do estado do mar nas ilhas, com maior incidência hoje nas ilhas de Sotavento e na madrugada de quarta-feira nas ilhas mais a norte, S. Vicente e Santo Antão com menor intensidade.
“Com o início da época das chuvas, tais situações tendem a ser cada vez mais frequentes, pelo que a vigilância do estado do tempo no arquipélago e as previsões da sua evolução serão contínuas e atualizadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica”, concluiu.
Começou a chover hoje à tarde e há relatos de mais chuvas com baixa intensidade em vários pontos do país, numa altura em que muitos agricultores espalhados pelas ilhas já lançaram as sementes de milho e feijão à terra para a campanha agrícola.
Em 12 de junho, o Governo previu mais um ano de pouca chuva no arquipélago e anunciou um conjunto de medidas para proteger a campanha agrícola, reforçar a resiliência das populações e adaptar o setor aos efeitos das mudanças climáticas.
Na altura, o secretário de Estado da Economia Agrária, Miguel da Moura, disse que para Cabo Verde as previsões apontam que as chuvas vão ser “deficitárias a próximas da média” (264 milímetros) no trimestre julho-agosto-setembro, (264 milímetros), mas são mais animadoras entre agosto e outubro, com uma tendência considerada “dentro da média”, isto é, 294 milímetros.
Segundo o porta-voz do Governo, as informações indiciam a probabilidade de ocorrência de dois cenários para o ano agrícola 2021-2022, como sejam chuvas deficitárias e próximas da média anual e um ano com chuvas dentro da média anual.
Em fevereiro, o ministro da Agricultura e Ambiente cabo-verdiano, Gilberto Silva, disse que em 2020 o país ficou “longe” de um ótimo ano agrícola em termos de produção, mas garantiu que ainda assim foi melhor do que os três anos de seca anteriores.
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