A presidente da Associação Colmeia enalteceu hoje a importância do encontro com governantes sobre a inclusão de crianças com necessidades especiais, mas alertou para a falta de especialistas e o risco de encerramento da associação sem financiamento.
À imprensa, à margem da reunião com governantes sobre inclusão de crianças com necessidades especiais, a presidente da Associação Colmeia, Isabel Moniz, destacou a inédita presença conjunta dos governantes como um passo positivo, mas enfatizou que o país enfrenta uma grave carência de profissionais como terapeutas, neuropsicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, fundamentais para o atendimento precoce e eficaz dessas crianças.
“Sem esses especialistas, a inclusão plena e a qualidade de vida das nossas crianças estão comprometidas”, alertou Moniz, explicando que o acompanhamento desde os primeiros anos é decisivo para garantir autonomia, aprendizagem e integração social.
O dirigente também revelou que muitas famílias vivem em situações críticas, com crianças perdendo o interesse e abandonando a escola por falta de suporte adequado, o que acarreta sofrimento e frustração.
Para agravar a situação, disse, a Associação Colmeia enfrenta o risco real de encerrar as suas actividades caso não consiga financiamento suficiente para manter os seus serviços essenciais.
“Sem recursos, poderemos fechar as portas, deixando muitas crianças e famílias sem apoio”, frisou Isabel Moniz, exortando a um compromisso firme do Governo e dos parceiros para garantir a continuidade do trabalho.
O alerta da Associação Colmeia lança, assim, uma luz sobre um desafio urgente para o sistema social e de saúde em Cabo Verde, argumentando que precisa de respostas imediatas para garantir a inclusão eficaz das pessoas com deficiência no país.