A lógica do incomum
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A lógica do incomum

Quando o carácter do incomum se firmar, figurando como inalterável, dificilmente o sucesso será improvável. Fazer o mesmo é a classe do comum e seguir o mesmo pensamento é a narrativa da insuficiência. Atitudes semelhantes geram incongruências e as iguais promovem a banalização. Ser incomum custa e poucos ousam entrar por este enredo.

O que nos tornam fortes e imbatíveis em todos os níveis é justamente o que poucos tem: caraterísticas incomuns. Vivemos numa sociedade em que todos representam o mesmo olhar e a mesma linguagem. Ser incomum representa a esfera do diferente e ás vezes desperta a inveja de alguns.

A incompreensão dos outros por causa da excelência e alto padrão mental vem acompanhada de hostilidade discreta e críticas destrutivas. O comum se torna o aceitável; a narrativa mais aplaudida por aqueles que preferem o facilitismo e a mediocridade.

Desta forma, se assenta as bases da fragilidade das atitudes e da pequenez de pensamento. Numa lógica simplista e insegura se comporta o trivial e o superficial lidera com maestria.

 O incomum não é igual e nem semelhante, é diferente, e vai além do carácter simplório e coletivo. Alcança a dimensão da consciência iluminada, do espírito profundo, que não se mistura com as vozes plurais previsíveis.

O incomum não se mistura com a coletividade intrínseca, cuja procura não faz jus à uma estrutura mental profunda. Abrange a plataforma do ângulo sustentável e que não se dobra perante os alaridos e pensamentos da maioria.

Quando o carácter do incomum se firmar, figurando como inalterável, dificilmente o sucesso será improvável. Fazer o mesmo é a classe do comum e seguir o mesmo pensamento é a narrativa da insuficiência. Atitudes semelhantes geram incongruências e as iguais promovem a banalização. Ser incomum custa e poucos ousam entrar por este enredo.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine