A Pedonal “Abailardo Amado”, em Achada Santo (Brasil), é uma obra emblemática e que veio trazer, na aceção do Provedor da Praia, “uma lufada de ar fresco” à Capital do país, carente em espaços verdes e de lazer, contribuindo assim para uma cidade melhor infraestruturada, organizada, dinâmica e aprazível para se viver. Pedonal que, a bem da verdade, veio assinalar uma nova forma de fazer política e um claro rompimento com evidentes marcas de agressões urbanísticas que pululam, um pouco, por toda a cidade.
A Câmara Municipal da Praia (CMP), liderada por Francisco Carvalho, inaugurou, no passado dia 20, mais de uma dezena de obras que irão, com certeza, abonar para melhorar acessibilidades, reforçar o leque de equipamentos sociais e desportivos existentes e proporcionar maior conforto e bem-estar às populações.
De entre elas, a Pedonal “Abailardo Amado”, em Achada Santo (Brasil), uma obra emblemática e que veio trazer, na aceção do Provedor da Praia, “uma lufada de ar fresco” à Capital do país, carente em espaços verdes e de lazer, contribuindo assim para uma cidade melhor infraestruturada, organizada, dinâmica e aprazível para se viver.
Pedonal que, a bem da verdade, veio assinalar uma nova forma de fazer política e um claro rompimento com evidentes marcas de agressões urbanísticas que pululam, um pouco, por toda a cidade.
É que de acordo com a Vereadora do Urbanismo, Infraestruturas e Transportes, Kyrha Varela “havia dois projetos de arquitetura para o local: uma concedida pela direção de infraestruturas e transportes da Câmara para a construção da pedonal e outro, pelo promotor da infraestrutura, para a edificação de um prédio de dois pisos, para 25 lojas”, opção cujo maior propósito era o de pagar favores de campanha, em detrimento das reais necessidades da população do bairro do Brasil, em especifico, e da cidade da Praia, em geral.
Neste particular, é de suma importância relevar que, ao romper com a decisão da equipa camarária anterior – edificação de um prédio de dois pisos para 25 lojas –, a CMP deu um passo providencial na esteira do combate aos crimes urbanísticos no Município e, ao mesmo tempo, contribuiu para uma maior harmonização do espaço envolvente com a demolição do abrigo do gerador de energia que, desde a primeira hora, criou desconforto e suscitou o descontentamento de todos aqueles que visitam o bairro.
Aliás, tal decisão cai, sem dúvida, nas boas graças de diversas personalidades da Capital que, anteriormente, já tinham manifestado a sua preocupação relativamente à forma como o MpD, na Praia, vinha gerindo certos dossiers referentes ao planeamento e execução de obras de duvidoso gosto estético e à margem de qualquer racionalidade urbanística, priorizando apenas a lógica do encaixe financeiro e o favorecimento do empresariado próximo ao Partido.
Um deles é o Sociólogo e Ativista Social e ex-presidente da CMP, Jacinto Abreu dos Santos que, aquando da pedonalização da “Rua Capela”, em Achada Santo António, teceu duras críticas à Edilidade, na altura liderada por Ulisses Correia e Silva, por não encontrar explicações “em termos de estética urbana, funcionalidade da rua, solução arquitetónica e construtiva adotadas”, apelidando a edificação de “infelicidade urbanística”.
Outra personalidade que também tem-se insurgido contra estas “infelicidades urbanísticas” é o Advogado e Consultor, José Manuel Andrade, que na sua página no Facebook, disserta, à luz do Código Penal de Cabo Verde, sobre os “crimes urbanísticos” e violação de normas urbanísticas (artigos 205.º-A a 205.º-C e 369.º-A) e convoca “os cidadãos, em geral, os titulares de cargos políticos com responsabilidades executivas neste setor e na sua fiscalização, bem como os profissionais do setor, arquitetos, engenheiros e as ordens profissionais do setor a se porem de pé nesta matéria”.
Por isso, parabéns Francisco Carvalho!
Parabéns por ter aderido a este apelo e por, enquanto zelador-mor da Cidade, pugnar pela defesa intransigente dos interesses dos munícipes, em detrimento da salvaguarda de vantagens financeiras, tout court, e da viabilização de pactos obscuros, altamente lesivos às ambições da sonhada Praia do futuro.
E “déxa nós mininus brinka!”, como diria o cantor, compositor, artista plástico e poeta Mário Lúcio Sousa.
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