Mais uma da nossa médica legista
Ponto de Vista

Mais uma da nossa médica legista

O Agente da Primeira e Professor de Artes Marciais, José Luís Correia morreu por causa de uma hemorragia digestiva alta!? 

Pois, é possível, sim senhor.
Mas como? Por ser hepático!? Duvido muito. Pode-se notar com evidências, de que houve desbunda no local onde o corpo foi encontrado. As ervas estão amarfanhadas e, entretanto, sendo verdade as mentiras da autópsia, ou de que a lavrou, não haveria uma poça de sangue intacta e perfeitamente localizada. Haveria, certamente, sangue espalhado ao redor do palco da tragédia, atolado ou encrostrado nos adereços como as ervas, as pedras, nas suas indumentárias e, mesmo no seu corpo, mormente na sua boca.
Tudo indica que o bárbaro ato terá sido perpetrado por profissional ou profissionais de crime, sob a guarida de quem, por missão, deveria proteger-nos.
Ora, ao meu irmão DECO, barbaramente executado no dia 24 de Outubro de 2017 (tendo-lhe arrancado quase todos os dentes enquanto lhe inqueriam, cortado-lhe a língua por recusar a declarar que era "PAPIADOR", furado os olhos para não ver o que não devia, mutilado um pé porque andava demais e, por fim, "PRUTXIDU" os testículos porque "homem que é homem não denuncia traficantes de drogas, "indumenu" os que patrocinam as campanhas politicas) a médica legista nem chegou ao pé do seu cadáver, muito menos autopsia-lo. À primeira, por que o confundiu com um desventurado preto "mandjaku". Depois, porque já havia mentido num putativo relatório em como o morto sem dentes, sem língua, sem os olhos, sen um pé e com os testículos esmagados teria morrido de queda de altitude. E não tinha uma fratura na cabeça, nem nos braços, nenhuma escorreação de que terá deslizado ladeira a baixo, tirando as marcas das vergastadas que levou enquanto o civiciavam, e nem uma gota de sangue no chão. Entretanto, na casa onde se suspeita ter sido o matadouro, no dia seguinte, alguém encontrou poças de sangue e roupas ensanguentadas. Eu, pessoalmente, disse ao Inspetor Chefe da Polícia Judiciariaria, José Luís, e até hoje essa casa não recebeu a visita daqueles que indignamo-nos de chamar de autoridades. E havia sangue espalhado por toda a redondeza adjacente ao calvário do meu irmão.
José Luís foi "matado" nas mesmas circunstâncias do meu irmão DECO. Por isso, é a obrigação das autoridades investigarem até a exaustão. Realmente era hepático? Mesmo sendo, não terá sido envenenado?
Familiares, não confiem nessa médica que diz que faz autópsia, porque recebe uma minuta da Polícia Judiciária, já pre-concebida, só para ela assinar, outorgando que o morto não morreu de morte matado.
Juntem-se a mim, familiares. Estou a ultimar uma denúncia que será, brevemente, remetida ao Secretário Geral das Nações Unidas e ao Tribunal Africano dos Direitos Humanos, pondo a nu a situação da nossa (in)justiça, o descaso e a violação grosseira dos direitos humanos.
Tenham em conta caros leitores e cidadãos do bem: vê-se que José Luís lutou muito para não morrer. Terá lutado contra bandidos ou contra a própria morte? Vejam como é que as ervas estão "piladas"? Os criminosos terão dessimulados o cenário para nos convencerem que tudo ocorreu ali, ou seja, que na verdade terá sofrido da crise hemorrágica/hepática ali e repentino? Então por que é que o sangue só se circunscreveu a um espaço localizado e não se espalhou pelo menos, sobre as ervas?

Partilhe esta notícia

SOBRE O AUTOR

Redação

    Comentários

    • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

    Comentar

    Caracteres restantes: 500

    O privilégio de realizar comentários neste espaço está limitado a leitores registados e a assinantes do Santiago Magazine.
    Santiago Magazine reserva-se ao direito de apagar os comentários que não cumpram as regras de moderação.