Precisamos estar cada vez mais cientes, que um artigo de opinião é exatamente isso: uma opinião. Ele não é vinculativo e não pretende ser a única verdade. Em vez de respondermos a uma opinião contrária com ataques pessoais e comentários simplistas e contagiantes em sites como Facebook, poderia ser mais enriquecedor estudar mais uma vez o assunto, e só então refutar com argumentos sólidos e construtivos. Continuo a acreditar que somente através do respeito mútuo e do debate construtivo poderemos construir um Cabo Verde mais justo, mais inclusivo e mais democrático. Precisamos esforçar mais para promovermos um ambiente de diálogo respeitoso e enriquecedor, onde todas as vozes possam ser ouvidas e consideradas, independentemente se concordarmos com elas ou não.
Em tempos de intensa polarização e acirramento de opiniões, é fundamental ter na ordem do dia o valor da liberdade de expressão, bem como a responsabilidade que cada um de nós temos em contribuir democraticamente para o debate público, sem recorrer ou sentir-se ameaçado a ataques e ofensas pessoais.
A liberdade de expressão é um direito fundamental em qualquer sociedade democrática, pois permite que as pessoas expressem suas opiniões e ideias livremente, sem medo de represálias ou censura. No entanto, é importante ressaltar que essa liberdade não é absoluta e que deve ser exercida com responsabilidade e respeito pelos direitos e opiniões dos outros. Devemos ser capazes de ouvir e considerar diferentes pontos de vista, mesmo que discordemos deles. O essencial é estarmos abertos ao diálogo e ao debate construtivo.
Infelizmente, muitas vezes deparamos com comportamentos contrários a essa premissa básica, tornando-se normal os ataques pessoais, ofensas e tentativas de desqualificar a opinião alheia de forma vil e imatura, criando ambientes tóxicos e divisivos em todos os extratos da nossa sociedade, atingindo sobretudo, o seio familiar, o local de trabalho, as igrejas, a política etc.
É preciso mais maturidade e mais sentido de responsabilidade para participar do debate público, e torná-lo um instrumento de construção da nossa nação, em vez de instrumento de divisão. Devemos ser mais capazes de ler, interpretar e analisar um assunto, sem se deixar influenciar por interesses pessoais ou emoções exacerbadas.
Precisamos estar cada vez mais cientes, que um artigo de opinião é exatamente isso: uma opinião. Ele não é vinculativo e não pretende ser a única verdade. Em vez de respondermos a uma opinião contrária com ataques pessoais e comentários simplistas e contagiantes em sites como Facebook, poderia ser mais enriquecedor estudar mais uma vez o assunto, e só então refutar com argumentos sólidos e construtivos. Continuo a acreditar que somente através do respeito mútuo e do debate construtivo poderemos construir um Cabo Verde mais justo, mais inclusivo e mais democrático. Precisamos esforçar mais para promovermos um ambiente de diálogo respeitoso e enriquecedor, onde todas as vozes possam ser ouvidas e consideradas, independentemente se concordarmos com elas ou não.
Aproveito para tecer alguns comentários sobre o meu artigo de opinião anterior, para esclarecer que ao abordar o tema sobre congelamento de notas como violação do direito do aluno, meu objetivo não era desvalorizar a luta laboral da classe docente, mas sim era trazer à luz uma perspectiva específica sobre a legalidade do congelamento de notas, sem ignorar outras possíveis interpretações legais ou violações de direitos dos docentes.
Numa leitura sem emoções tendenciosas, pode-se entender que não sugeri punir os professores que optaram pelo congelamento de notas, mas sim, exortá-los a uma reflexão sobre a legalidade e os possíveis impactos dessa ação. Da mesma forma, fiz um apelo ao Estado para entrar e mediar o conflito de forma a preservar os direitos fundamentais de todas as partes envolvidas.
Palmarejo, 7 de Abril de 2024
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