Estudantes universitárias têm baixo conhecimento sobre cancro do colo do útero - estudo da Uni-CV
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Estudantes universitárias têm baixo conhecimento sobre cancro do colo do útero - estudo da Uni-CV

Um estudo realizado pela docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Natalina Rocha, publicado na revista internacional "Ecancer", indica que estudantes universitárias têm "conhecimento superficial" sobre o cancro do colo do útero.

De acordo com informações publicadas na página da Uni-CV, neste estudo, feito em colaboração com outras investigadoras, foram reveladas preocupações relativas ao conhecimento e à adesão ao rastreio do cancro do colo do útero entre as estudantes universitárias no país.

“Apesar de a maioria das estudantes estar consciente da existência do cancro do colo do útero, muitas demonstram um conhecimento superficial sobre a doença e sobre as práticas preventivas necessárias”, informou a universidade.

Conforme a instituição, a investigação envolveu 618 estudantes universitárias, das quais 94,6 por cento (%) afirmaram ter conhecimento sobre o cancro do colo do útero. No entanto, um detalhe é que 86,2 % possuem conhecimento insuficiente sobre os aspectos cruciais da doença, e somente 9,1 % passaram por procedimentos de rastreamento”.

O mesmo estudo indicou ainda que a falta de um programa nacional de rastreamento e a escassez de recursos humanos e materiais contribuem para essa situação.

Além disso, frisou, o papilomavírus humano (HPV), um dos principais fatores de risco para o câncer do colo do útero, continua a ser uma ameaça devido à falta de informação e de vacinação.

Conforme a universidade, iniciativas como a introdução de campanhas educativas, ampliação do acesso a serviços de rastreamento e a integração da vacinação contra o HPV no programa de vacinação nacional são medidas sugeridas pelo estudo para combater a propagação do cancro do colo do útero. 

O cancro do colo do útero é um dos tipos de cancro mais comuns entre mulheres em todo o mundo, ficando atrás apenas do cancro de mama, colorretal e de pulmão.

Trata-se de um problema éque  especialmente grave em países de baixa e média renda, incluindo muitas regiões de África, onde o acesso limitado a serviços de prevenção e tratamento aumenta o risco de morte. 

Em 2020, mais de 600.000 novos casos foram diagnosticados globalmente, resultando em quase 342.000 mortes.

Estima-se que, sem melhorias significativas na prevenção e no tratamento, as mortes por cancro do colo do útero possam chegar a 443.000 por ano até 2030.

Cabo Verde enfrenta um desafio particular com o cancro do colo do útero, que é a maior causa de mortes por câncer entre mulheres. A doença é mais comum entre mulheres de 15 a 44 anos, com uma taxa de mortalidade preocupante de 10,5%.  

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