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Descaso do governo empurra jovens para o desespero
Ponto de Vista

Descaso do governo empurra jovens para o desespero

É este o cenário das políticas de um governo de costas voltadas para a juventude, entrincheirado na propaganda e contra a autonomia dos jovens, amputando a sua capacidade criativa e castrando os seus sonhos. Jovens, não devemos ter receio de expressar livremente e reivindicar o que é nosso por direito! Temos que fazer uso dos nossos direitos civis e políticos, que se traduzem em ações concretas, entre as quais a manifestação dos nossos anseios, reivindicações, necessidades, opiniões e críticas! As nossas participações políticas não podem reduzir-se apenas ao voto nas eleições!

Arvorando (falsamente) a bandeira da juventude, o governo Ulisses/Olavo tem como balanço da sua atuação, desde 2016, em termos de políticas públicas o vazio, a mais confrangedora negação do que diz em palavras. Em todos esses anos, o Governo tem usado um discurso vazio e sem impacto, aumentando cada dia a frustração, descrença e empurrando os jovens para o desespero e a procura da emigração.

O caso da ilha do Maio é paradigmático, mas, é também, um micro exemplo do balanço deste governo em matéria de políticas públicas para a juventude no todo nacional.

Exclusão da ilha do Maio

Um estudo realizado pelo sociólogo Redy Lima (encomendado pela autarquia local) traça um cenário de descaso dos jovens, mas também de exclusão da ilha do Maio, uma ilha que passa muito tempo sitiada, e não deixa de ser um atentado à vida dos maienses, uma vez que a economia deixa de ser dinâmica, e pese a circunstância de o MpD liderar a câmara. Isto é, nem mesmo onde lidera o governo ventoinha consegue fazer mais do que mera propaganda, sem resultados e sem horizontes.

O Maio está fora de qualquer visão de progresso social e desenvolvimento (se é que o governo tem alguma) e as principais vítimas da verborreia governista são os jovens, amputados dos seus sonhos e empurrados para o exílio econômico forçado.

Para a ilha do Maio não “há dinheiro que nunca mais acaba”…

Falta de oportunidades

No seu estudo, Redy Lima traça um cenário arrasador para o governo, desde logo, pela falta de oportunidades. Mas, também, por ausência de uma cultura reivindicativa entre os jovens.

Não é preciso refletir muito sobre essa inexistência: com políticas públicas construídas na base do assistencialismo (que disse pretender combater), o governo tem empurrado os jovens para a dependência de migalhas, tornando-os presa fácil da compra de consciências.

Os recursos, devem ser locados para a criação de oportunidades para os jovens, porque há recrursos, é basta olhamos o governo que temos, para eles há recursos para aquisição de viaturas de luxo, viagens milionárias, pagamento de pesadas para os amiguinhos e um governamental obeso!

Por isso, não há recursos para a preparação dos jovens!

Jovens têm potencialidades

Voltando ao estudo do sociólogo, importa referir que são salientadas as potencialidades dos jovens. “Temos jovens com muita potencialidade na ilha do Maio”, destaca Redy Lima, adiantando que “o perfil dos jovens não é muito diferente do perfil da juventude de Cabo Verde, com a particularidade de termos uma juventude com vontade de aprender e, se calhar, faltam as condições para conseguir ativar essa potencialidade”, disse à imprensa o autor do estudo.

E essas potencialidades não serão ativadas, porque o governo não está interessado no empoderamento dos jovens!

Economia suspensa

Ao contrário da narrativa propagandística do governo, em particular do especialista em ilusionismo, Olavo Correia, que alardeia reiteradamente o crescimento da economia, a ilha do Maio tem a “dinâmica económica suspensa”.

Segundo Redy Lima, “temos, neste momento, uma ilha com uma dinâmica económica suspensa, principalmente devido ao problema dos transportes”.

Mas não foi este governo que garantiu mais e melhores transportes para o Maio e para o País?!

E não é este Governo é que repete todos os dias que o mundo vive uma grande crise econômica e política, por isso, não consegue cumprir as promessas, todavia, tudo isso não impediu o primeiro-ministro de formar o Governo mais grande da nossa história?!

“Tendo transporte regular, criamos oportunidades para os jovens aproveitarem algumas coisas”, refere ainda o sociólogo, ironizando que a ilha está “tão perto do poder e longe das oportunidades”.

Ouvir os jovens e formar lideranças

Ainda segundo o estudo, a falta de uma cultura reivindicativa entre os jovens decorre da “crise de liderança". Mas Redy Lima aponta o caminho para superar esta circunstância: a formação, para criar uma nova liderança horizontal, dando espaço à capacidade criativa dos jovens. “Ouvir os jovens e criar um espaço aberto onde podem decidir por si mesmos de forma colaborativa e, dessa maneira, fazerem-se ouvir à força, devido ao poder de reivindicação”, sugere o sociólogo.

É este o cenário das políticas de um governo de costas voltadas para a juventude, entrincheirado na propaganda e contra a autonomia dos jovens, amputando a sua capacidade criativa e castrando os seus sonhos.

Jovens, não devemos ter receio de expressar livremente e reivindicar o que é nosso por direito! Temos que fazer uso dos nossos direitos civis e políticos, que se traduzem em ações concretas, entre as quais a manifestação dos nossos anseios, reivindicações, necessidades, opiniões e críticas! As nossas participações políticas não podem reduzir-se apenas ao voto nas eleições!

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Comentários

  • Casimiro Centeio, 3 de Set de 2024

    Nenhuma quantidade de evidências poderá persuadir quem é obcecado, doentio, pelo fanatismo.Mas as evidências estão claras.Só quem é cego de mente, não é capaz de enxergá-las, visto que de nada servem os olhos se a mente é cega. O governo de Ulisses não serve para a Humanidade porque é desumano.A Nação está perdendo a sua força dinámica que é sua juventude - PEDRA ANGULAR de qualquer nação, vendida a desbarato e propositadamente...