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Ângelo Vaz sem legitimidade partidária em São Salvador do Mundo   
Ponto de Vista

Ângelo Vaz sem legitimidade partidária em São Salvador do Mundo  

Presidente de Câmara de S. Salvador do Mundo e cabeça de lista de delegados à convenção do MpD em SSM, sem legitimidade, com menos de 12% de votos dos militantes.

"Políticos e Fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo".

Eça de Queiroz

O provérbio acima citado, da autoria de um dos maiores inteletuais portugueses, é bastante verdadeira e aplica-se no caso concreto e adapta-se de forma perfeita à conjuntura política atual do município de S. Salvador do Mundo.

É trivial e até ousaria afirmar que é demasiado simplista a compreensão: o jogo do poder em determinados momentos, exige e impõe a renovação de "pseudo-líderes fictícios “, que apesar de truques de manigâncias, de excesso de jogos de bastidores e excessiva bajulação ao sistema de governação central, encontra -se em estado de deterioração, desgaste total e declínio absoluto perante os olhos da maioria dos eleitorados.

Em S. Salvador do mundo, os factos relatam e evidenciam o desgaste total, a falta de credibilidade, a falta de confiança de mais de 88% de militantes do MpD, que não reveem na lista única de candidatos à convenção do MpD, encabeçado por Ângelo Vaz e seus respectivos vereadores.

O descontentamento generalizado dos militantes do MpD em S. Salvador do Mundo é tão grande que a lista de candidatos encabeçado por Ângelo Vaz não tem legitimidade dos militantes para a representação condigna na próxima convenção do MpD.

Pois, os resultados definitivos para a lista única de Delegados, saído das eleições internas do MpD do dia 16 de abril situa-se abaixo dos 12%, ou seja, no universo de 291 militantes, mais de 88 % não foram às urnas para votarem na lista única dos Delegados à Convenção. Assim sendo, o município de S. Salvador do Mundo, apresenta-se com a avaliação negativa e com a maior taxa de abstenção de militantes, quando comparados com todos os municípios de Cabo Verde.

Lamentavelmente, ao analisarmos os dados de descargas de votos nas urnas, curiosamente constatamos que mais de 80% de elementos da comissão política concelhia não votaram, e que existem militantes que votaram na lista para a escolha de presidente do MpD, mas que não votaram na lista de Delegados encabeçado por Ângelo Vaz.

Nesse sentido a tal falácia propalada, de que a CPC deveria ser constituída por elementos que garantem o suporte político à governação local, obriga que a falsa tese defendida durante anos, a cair por terra, de forma abrupta e sem suporte nenhum. Perante este descaso pode-se afirmar de forma categórica " mar é largu i fundu qui pode morredu afogadu , mas  céu é grande sem kau pega".

Porém, uma outra informação extremamente relevante, e que se deve entrar na equação como uma variável não desprezível e muito menos como "outlier ", é que segundo uma fonte confidencial, a tal percentagem de militantes inferior à 12% que votaram nas eleições internas do MpD em S. Salvador do Mundo, não foram mobilizados nem pelo Ângelo Vaz e muito menos pela comissão política concelhia (CPC).

Relativamente à comissão política concelhia (CPC) em S. Salvador do Mundo, liderada desde 2016 pelo assessor do Presidente de Câmara Municipal está suspensa, moribunda e caótica. 

A reeleição do presidente de CPC, desde o dia de tomada de posse a 24 de Abril de 2022, ou seja depois de 12 meses, não teve o mínimo de pudor, a decência e o quórum para se reunir uma única vez por ano.

No município de S. Salvador do Mundo, o cabeça de lista de delegado a convenção e presidente de Câmara, Ângelo Vaz, sem a legitimidade da maioria dos militantes, que supostamente e teoricamente deveria os representar de forma digna, estará na convenção com uma imagem destorcida e completamente fracassada.

Aliás, nestes últimos anos perdeu o entusiasmo, e aparece inúmeras vezes em lugares públicos e reuniões de partido com a cara de quem está a assistir o funeral de um familiar ou amigo próximo.

O assunto é demasiado sério e pode-se perguntar, qual é o destino e para onde querem os ditos "pseudo-lideres" levar o MpD em S. Salvador do Mundo?

Que caminhos de espinhos e pedregais querem desbravar? Os últimos episódios em S. Salvador do Mundo, retratam um caso particular, único e singular : "o presidente da comissão política (CPC) que é também assessor do Presidente de Câmara de S. Salvador do Mundo desde 2016" , o único coordenador em toda a história do partido  em Cabo Verde que abandona o seu partido em período de eleições internas, violando bruscamente e deliberadamente o Estatuto do MpD, posicionando-se forçosamente , em contramão, relativamente às competências da comissão Política Concelhia, expostas no artigo 55* do Estatuto do MpD;

Assiste-se a terrível vingança, o ódio e o rancor de um coordenador político, assessor de presidente de câmara que vinga do próprio partido, e que teve a coragem de fechar a sede do partido no município de S. Salvador do Mundo nas eleições legislativas de Abril de 2021, obrigando o MpD e o então candidato a primeiro Ministro a pagar a renda de dois espaços em simultâneo no município de S. Salvador do Mundo.

Todavia, dizem que essa guerra está associada ao facto de o tal presidente de CPC não ter sido escolhido para integrar as listas de candidatos à deputado Nacional nas listas de MpD nas eleições legislativas de 2021.

(...) Que absurdo? Mas, meu Deus! Aonde está escrito que ser coordenador político concelhio são requisitos obrigatórios para ser candidato à Deputado Nacional?

A função de um coordenador político concelhio deveria distanciar da vingança, do ódio e da raiva de se apresentar contra tudo e contra todos em detrimento de interesses pessoais.

Em S. Salvador do Mundo, as eleições autárquicas, desde 2016, que por definição deveria ser democrático, funciona como "fachada " comparado ao sistema de oligarquia, em que o poder é distribuído entre irmãos, primos, sobrinhos, compadres, etc .

Caro leitor, por razões acima mencionadas e por outras centenas de razões não mencionados no texto, mas que são matérias suficientes para poderem ser publicados num livro ,  é que os militantes do MpD  em S. Salvador do Mundo reprovaram a lista Delegados a convenção do MpD com mais de 88% de abstenção.

Por último, ao compararmos os resultados das eleições internas do MpD das eleições de 16 Abril em S. Salvador do Mundo, com outros municípios de mesma natureza, como por exemplo S. Lourenço dos órgão ou Ribeira Grande de Santiago, a conclusão só pode ser única e resumida numa única frase: " É tempo de trocar a liderança do poder local em S. Salvador do Mundo pelas mesmas razões que as fraldas devem ser trocadas de tempos em tempos".

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