O vice-presidente do Partido Popular (PP), Felisberto Semedo, pediu celeridade, também, nos vários outros casos associados à corrupção existentes no país enquanto aguarda pela conclusão das investigações no caso do salário pago à primeira-dama para pronunciamento mais aprofundado.
Este apelo foi feito por Felisberto Semedo no âmbito da realização da reunião quinzenal desse partido, com o propósito de abordar assuntos que, nos últimos tempos, têm preocupado os cabo-verdianos.
Assuntos como a transparência, a prestação de contas e responsabilização no uso dos recursos públicos, nomeadamente sobre o fundo do ambiente e turismo, caso do salário da primeira-dama e dos negócios do Djeu e praia da Gamboa.
Relativamente ao salário da primeira-dama, um assunto que segundo o mesmo tem estado a fazer muito barulho no seio dos cabo-verdianos, precisa ser mais esclarecido, pelo que este partido prefere aguardar pela conclusão das investigações para um pronunciamento mais aprofundado da matéria.
“Mas temos “n” outros casos de corrupção no país, nepotismo que não ficam para trás e que é preciso atenção especial de quem de direito para tratar disso a sério e que medidas sejam tomadas”, afirmou indicando de entre eles, o caso do fundo do ambiente e do turismo, e do dinheiro que foi transferido anteriormente para a câmara da Boa Vista que não chegou, no valor de 100 milhões de escudos, e outros.
Segundo o Partido Popular, os cabo-verdianos precisam saber sobre esses conjuntos de coisas “igual ou pior” que o caso da Presidência da República.
“Então, portanto, esperamos serenamente. A única coisa que podemos dizer é que se na verdade for pago à primeira-dama este valor alto sem razão de ser, o PP é totalmente contra qualquer tipo de caso associado a corrupção”, disse.
Felisberto Semedo apelou também que se faça igual ao caso da Presidência da República aos demais casos associados à corrupção e que os cabo-verdianos estão há muito tempo à espera de conhecer os resultados.
A Inspecção Geral das Finanças (IGF) considerou no seu Relatório da Inspecção às Despesas com Pessoal da Presidência da República, publicado segunda-feira, 12, na página no Ministério das Finanças, que o montante pago à primeira-dama como vencimento mensal “é irregular” e “não tem suporte na legislação em vigor”.
Por isso, recomenda que se deve proceder à reposição do montante total de 5.396.352 escudos, correspondente a 24 meses de remuneração líquida pagos à Débora Carvalho no período no período de 01 Janeiro de 2022 a 31 Dezembro de 2023.
Por seu lado, o conselho de administração da Presidência da República considerou que todo processo do pagamento dos salários da Débora Carvalho foi tratado com “boa fé e total transparência”, em concertação e entendimento com o Governo e com base na lealdade institucional.
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