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Presidenciais’2021: José Maria Neves apela a não utilização dos recursos do Estado para fins eleitorais
Política

Presidenciais’2021: José Maria Neves apela a não utilização dos recursos do Estado para fins eleitorais

O candidato José Maria Neves afirmou hoje que em “condições normais” a sua candidatura sairá vencedora nas próximas eleições, tendo apelado a não utilização dos recursos do Estado “para condicionar ou limitar” a liberdade de escolha do eleitorado.

José Maria Neves, que foi primeiro-ministro de Cabo Verde durante 15 anos, fez este apelo em conferência de imprensa, hoje, na Cidade da Praia, para apresentação pública da plataforma eleitoral da sua candidatura à Presidência da República, nas eleições do dia 17 de Outubro.

Segundo este responsável, a sua candidatura tem constatado que em situações de disputa eleitoral que considera normais vencerá as eleições presidenciais, isto porque, justificou, “há uma onda que está a crescer em todo o mundo e as pessoas querem este novo momento e mudança”.

“Que nenhum ministro viaje para as ilhas ou o estrangeiro para fazer campanha eleitoral às custas do erário público, quando há crianças sem kits para irem para escola, quando há pessoas sem condições para levarem a panela ao lume três vezes por dia, quando há desemprego, pobreza e enormes desigualdades”, afirmou.

Reforçou ainda o apelo a não utilização do Estado para fazer campanha eleitoral para favorecer este ou aquele candidato, augurando que as instituições sejam “imparciais e isentas”, para não condicionar o resultado das eleições presidenciais de 2021.

“Que o Estado não utilize nenhum dado que dispõe, ou dados do fisco, do cadastro social, da segurança social ou do recenseamento geral da população para condicionar ninguém, ou para limitar a liberdade de escolha de ninguém, seriam estas as condições anormais, e que as nossas instituições sejam suficientes maduras para não entrarem nesta via”, acrescentou.

Realçou, no entanto, que acredita no povo cabo-verdiano que é “suficientemente inteligente” para fazer “a escolha certa”.

Reiterou a promessa, caso foi eleito no próximo dia 17 de Outubro, ser um Presidente da República que une os cabo-verdianos, fiscaliza a acção governamental e arbitra imparcialmente o jogo politico em Cabo Verde, dando a sua contribuição no “aceleramento dos passos e melhorias nas várias áreas” de intervenção social.

“Prometo ser um presidente que coopera com o Governo, as autoridades municipais, empresas, enfim com a sociedade civil para conseguirmos alguns consensos fundamentais na área da segurança interna, aqui é importante alguns investimentos para termos uma sociedade muito mais inclusiva, com mais emprego, rendimento para as famílias, criação de oportunidades para todos”, afirmou, realçando que um dos pontos essenciais da plataforma eleitoral é o equilíbrio do poder.

Afirmou ainda que caso merecer a confiança dos cabo-verdianos dará a sua contribuição no combate à criminalidade, com “atenção especial” à área da Defesa Nacional, tendo defendido, por outro lado, a necessidade de se reforçar os acordos de cooperação com os vários países, melhor inserção de Cabo Verde na região africana e ser um chefe de Estado “peremptório” a não criação de bases militares em Cabo Verde.

“Um ponto final seria a reforma das Forças Armadas e aqui já expressei várias vezes a minha posição relativamente a esta matéria, no sentido da transformação das Forças Armadas em forças policiais, repensar o serviço obrigatório e trabalhar no sentido de se criar um Corpo Nacional de Voluntariado para que jovens possam contribuir com trabalho cívico em prol do desenvolvimento de Cabo Verde”, disse lembrando que estas são medidas do Governo que, entretanto, enquanto Presidente da República estará disponível para cooperar.

Lembrou, por outro lado, que o Presidente não governa e não faz oposição ao poder central, mas que, no entanto, “não há limites” para o exercício da magistratura de influência do chefe do Estado.

Cabo Verde realiza eleições presidenciais no dia 17 de Outubro, às quais já não concorre Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo mandato como Presidente da República.

Sete candidatos estão na corrida, nomeadamente, José Maria Neves, Carlos Veiga, Fernando Rocha Delgado, Hélio Sanches, Gilson Alves, Joaquim Jaime Monteiro, e Casimiro de Pina.

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