Maior partido da oposição reagiu esta manhã à reportagem da revista Visão, negando a acusação de participação em negócios ilícitos e esquemas de corrupção, lembrando que as contas já foram aprovadas pela CNE e Tribunal de Contas.
“O PAICV se demarca da notícia publicada na revista Visão, refuta qualquer acusação de participação em negócios ilícitos ou esquemas de corrupção e desafia, a quem o quiser, que solicite à Comissão Nacional de Eleições e/ou ao Tribunal de Contas os documentos comprovativos da apresentação das contas e da candidatura de Manuel Inocêncio Sousa, que já foram devidamente julgados”, começa por defender o PAICV, numa nota assinada pelo secretário-geral, Julião Varela.
O maior partido da oposição diz estranhar o seu envolvimento no artigo, que fala de um esquema de facturação ilegal e financiamento de campanhas eleitorais através da agência de publicidade Webrand, sublinhando que é “um partido sério e responsável”.
“O PAICV considera tais suspeições graves, infundadas e irresponsáveis, e manifesta a sua estranheza pela forma como a questão foi tratada, com objetivos claros e intenções inconfessas, e, consequentemente, se demarca absoluta e firmemente dessa acusação. O PAICV é um Partido sério e responsável, que assumiu a governação do País, em 30 anos, dos 41 anos enquanto país independente. O PAICV é um Partido que, pelo seu percurso, pela sua história e pelos princípios e valores que propugna, defende a ética, a prestação de contas (a todos os níveis) e a observância de regras claras para o financiamento das campanhas (quaisquer que elas sejam)”, diz o comunicado.
O texto refere ainda que o PAICV, nas Eleições Gerais, apresentou sempre as suas Contas (“seja nas Eleições Legislativas, seja nas Eleições Autárquicas, seja nas Eleições Presidenciais”), e que as mesmas “já foram devidamente analisadas pela Comissão Nacional de Eleições, julgadas pelo Tribunal de Contas e publicadas no Boletim Oficial”.
Assim, o partido tambarina “desmente, categoricamente, qualquer acusação e/ou suspeição de que participou ou que participa em qualquer negócio obscuro, pautando sempre a sua actuação pela cultura da ética e da responsabilidade, estribada na lisura e transparência, e, sobretudo, respeitando todas as leis vigentes na matéria”.
A nota, entretanto, não desmente nem confirma se o PAICV é ou foi cliente da Webrand, a agência de comunicação que estará no centro desse esquema denunciado pela Visão num artigo de 21 páginas, e baseado em milhares de documentos a que a revista teve acesso e publicou em parte.
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