O PAICV acusou esta sexta-feira, 29 de novembro, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, de ter beneficiado a própria empresa e misturando os seus interesses com os interesses do Estado, além de outros irregularidades enquanto membro do Governo.
A acusação foi feita pelo líder parlamentar do PAICV, Rui Semedo, afirmando que o vice-primeiro-ministro “faliu a empresa imobiliária que geria”, que só veio a ressuscitar depois do MpD (posição) ter ganho as eleições, e que “beneficiou a própria empresa misturando os seus interesses com os interesses do Estado”.
De acordo com Rui Semedo, Olavo Correia “quis dar lição à oposição” de boa gestão durante o seu discurso, considerando ter sido um “verdadeiro atentado” à democracia e à livre expressão.
Segundo apontou, esta atitude é para tentar passar a mensagem “camuflando uma atitude totalitária, com uma vontade de silenciar a oposição”.
O líder da bancada do maior partido da oposição referiu ainda que o governante “prejudicou o Estado” de Cabo Verde em “mais de três milhões de contos”, quando desistiu dos processos nos tribunais, montante que “aumentou ainda mais em 2018 e 2019”.
Ajuntou também que o ministro das Finanças recusou fornecer os dados concretos ao Parlamento sobre “dinheiro do Estado que distribuiu as empresas”.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse que se o deputado e líder parlamentar do PAICV tiver alguma informação ou irregularidade “que apresente as instâncias competentes”.
O governante sublinhou que as acusações são falsas e que Rui Semedo terá de provar em tribunal todas as acusações que proferiu.
Ressaltou ainda que Cabo Verde “precisa de políticos responsáveis”, pois, é preciso inspirar os jovens talentos para construir o nosso país.
Os deputados terão na tarde de hoje a discussão e aprovação do Orçamento do Estado para 2020, assim como a discussão e votação do projecto de resolução que aprova o orçamento privativo da Assembleia Nacional para o ano 2020.
Com Inforpress
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