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MpD diz que Luís Filipe Tavares assumiu “erro de avaliação” ao pedir demissão do Governo
Política

MpD diz que Luís Filipe Tavares assumiu “erro de avaliação” ao pedir demissão do Governo

A secretária-geral do MpD disse hoje que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Felipe Tavares, assumiu publicamente o “erro de avaliação” na nomeação do cônsul honorário na Flórida, ao apresentar o seu pedido de exoneração ao governo.

Filomena Delgado reagia assim em nome do Movimento para Democracia (MpD-poder) às recentes declarações do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) que pediu ao governo para assumir as consequências políticas deste caso.

“O governo não se furtou à responsabilidade política do erro da avaliação dos cônsules honorários, o que é do conhecimento público. E essa responsabilidade política, independentemente da boa fé do então titular da pasta, Dr. Luís Filipe Tavares, foi assumida totalmente pelo próprio, que apresentou o pedido de exoneração e pelo primeiro-ministro, que aceitou, de imediato, compreendendo a situação e fazendo a leitura política que se impunha”, disse.

Ainda na suas declarações, Filomena Delgado afirmou que essa prática “não é escola nos governos do PAICV, cujos ministros enfrentaram enormes escândalos, que originaram processo crimes de corrupção e outros, mantendo-se arrogantemente serenos nos seus postos, com desprezo total pela opinião pública e pelos danos na imagem e prestígio do País”.

Filomena Delgado frisou ainda que na política não vale tudo e que em Democracia o interesse público deve ser colocado acima de tudo.

Esta responsável partidária denunciou ainda que durante a governação do PAICV, vários escândalos aconteceram, sem que nenhuma responsabilidade política fosse assacada, citando como exemplo o Casa para Todos, o Fundo do Ambiente e o Novo Banco.

“O PAICV tem ainda muito que aprender (…) O governo de Ulisses Correia e Silva fez tudo o que podia fazer neste caso, concordando, de imediato, com o pedido de exoneração apresentado e anunciando logo a exoneração dos nomeados”, acrescentou.

Para Filomena Delgado, assumiu-se “por inteiro o erro” da avaliação, “causado fundamentalmente” pela circunstância de ter sido cônsul de Portugal na Flórida por cerca de seis anos e pela circunstância ainda da proposta de nomeação ter recebida aval das autoridades americanas.

“É nesse contexto que deve ser analisado o erro da avaliação”, ressaltou a secretária-geral do MpD, reafirmando que este partido não tem, e nunca terá, afinidades com a extrema-direita e que é membro da Internacional Democrata do Centro, família dos partidos democráticos do centro que repudia todos os extremismos.

Com Inforpress

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Redação