O líder do Grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), Rui Figueiredo Soares, afirmou hoje que decorridos 27 anos pode dizer-se, com propriedade, que a democracia cabo-verdiana encontra-se em fase “clara” de consolidação.
Durante o seu discurso na sessão solene especial comemorativa do 13 de Janeiro, realizada hoje na Assembleia Nacional, para saudar o dia da Liberdade e da Democracia, Rui Figueiredo Soares, salientou que os cabo-verdianos têm “razões de sobra” para essa celebração.
“Temos sobejas razões para nos regozijarmos com as referências de excelência feitas por instituições e personalidades insuspeitas acerca da democracia cabo-verdiana, como um país estável, que realiza regularmente eleições livres e democráticas e luta incessantemente por melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos”, salientou.
Entretanto, o líder do grupo do parlamentar que sustenta o Governo salientou que essa consolidação não se mostra fácil de se concretizar, em razão das intrínsecas fragilidades do país, aliadas a uma história, que remonta aos tempos coloniais, de excessiva centralização e acentuados autoritarismo no exercício do poder.
“Impõe-se, pois, continuar a lutar pela necessária mudança de mentalidade no sentido de uma assunção definitiva da tarefa comum de reforçar o Estado de direito democrático, tarefa essa que não pode ser reduzida à esfera da actuação das instituições do Estado, nem aos partidos políticos”, realçou.
Rui Figueiredo Soares considera, por isso importante o envolvimento de todos os cidadãos numa conjugação imprescindível de sinergias sociais para realização de novos patamares de desenvolvimento.
“É preciso ter presente que o país não pode atrasar-se nas respostas apropriadas aos desafios de ontem, porquanto a urgência do futuro, cada vez mais premente do mundo globalizado em que vivemos, bate diariamente às portas da vontade comum de construir um país mais justo, mais democrático, mais seguro, mais inclusivo e mais desenvolvido”, frisou.
O representante do MpD salientou ainda que o espírito do 13 de Janeiro não pode ficar confinado a uma data simbólica, mas deve multiplicar energias anunciadoras de novas alvoradas de esperança alimentadas pela alma corajosa do povo cabo-verdiano que confia e luta incansavelmente por dias melhores.
Rui Figueiredo Soares a Assembleia Nacional está a realizar reformas consideradas necessárias para um melhor funcionamento da democracia.
Para além do novo regimento da Assembleia Nacional, que vai entrar em vigor em Outubro deste ano, indicou que outras reformas encontram-se agendadas com a revisão de outras instrumentos de regulação e participação na vida política nomeadamente a revisão constitucional, da lei a regionalização e revisão do código eleitoral.
Com Inforpress
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