Política

“Uma passagem tranquila, muito serena, o que demonstra também a grande maturidade da democracia cabo-verdiana. Esses momentos são extraordinariamente importantes, porque revelam que a democracia cabo-verdiana já é irreversível, já é um costume, como diz Norberto Bobbio”, descreveu depois de um encontro com o Presidente da República cessante, Jorge Carlos Fonseca, para efeitos de passagem de dossiers.

José Maria Neves contou ainda que Jorge Carlos Fonseca mostrou os principais dossiês que estão pendentes nas diferentes áreas desde as Relações Externas, Defesa, à Justiça. Também conversaram sobre o exercício das funções, “nestes tempos mais complexos e mais difíceis”.

“Uma grande abertura para a apresentação das diferentes questões, para responder a todas as minhas perguntas de modo que foi uma passagem tranquila e que garante a perenidade e a continuidade da instituição Presidência da República”, acrescentou.

“Mas, não há nenhum dossier mais complexo, mais difícil de tratar neste momento. Todas as questões essenciais desde a promulgação dos diplomas, não há nada pendente neste momento. O Presidente resolveu todas as questões pendentes e, portanto, os dossiers que estão pendentes, são os normais da República e que irei dar continuidade nos próximos meses”, completou.

Logo depois da tomada de posse José Maria Neves deverá fazer uma visita a um município do país, no interior de Santiago, onde há problemas de vacinação para continuar a apelar às pessoas.

“Deverei fazer uma deslocação a São Vicente para fazer o encerramento do Mindelact. Depois de amanhã comunicarão à Comunicação social as primeiras visitas que eu irei fazer”, pontuou.

O ex-primeiro-ministro José Maria Neves foi eleito Presidente da República de Cabo Verde à primeira volta, com 51,5% dos votos, nas sétimas eleições presidenciais realizadas a 17 de Outubro e vai substituir o presidente Jorge Carlos Fonseca, que deixa o cargo depois de cumprir dois mandatos.